Uma nova pesquisa realizada pela Dieese apontou que o valor da cesta básica aumentou em 16 das 17 capitais que foram consultadas. Nesse caso, São Paulo é agora a capital que apresenta a cesta básica mais cara, no valor de R$ 713,86.
O Dieese é o órgão responsável por realizar a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos. Segundo a entidade, o preço da cesta básica foi consultado em pelo menos 17 capitais do país. A maior alta no preço da cesta básica foi em Brasília, de 6,36.
Em seguida, Aracaju foi a segunda que mais teve alta no preço, com elevação no valor de 6,23%. Enquanto isso, João Pessoa teve aumento de 5,45%, Fortaleza apresentou alta de 4,89% e Goiânia 4,63%. Entre as capitais consultadas, essas ficaram entre as 5 primeiras colocações.
São Paulo passou a ser a cidade com a cesta básica mais cara do Brasil, com um custo de R$ 713,86. Em seguida, aparecem as cidades de Florianópolis (R$ 695,59), Rio de Janeiro (R$ 692,83), Vitória (R$ 677,54) e Porto Alegre (R$ 673).
No comparativo das cidades das regiões Norte e Nordeste, que acaba tendo uma composição diferente da cesta básica, o custo da cesta mais barata foi da capital de Sergipe, Aracaju, em que seu valor ficou em R$ 507,82. Em sequência, aparece João Pessoa (R$ 538,65) e Salvador (R$ 540,01).
Ainda realizando um comparativo de preços com o último mês, as maiores altas acumuladas no ano foram: Natal (21,25%), Recife (14,52%), João Pessoa (14,15%) e Campo Grande (14,08%).
Partindo desse levantamento, o Dieese realiza o cálculo de acordo com o valor do salário mínimo. Assim, se estipula um custo que é preciso utilizar na manutenção de uma família de até quatro pessoas.
Em janeiro deste ano, o valor do salário mínimo ideal já deveria estar na casa dos R$ 5.997,14, valor este que seria 4,95 vezes maior do que o atual salário mínimo, que no momento é de apenas R$ 1.212.
O departamento também realizou o cálculo médio que é necessário para se realizar a produção da cesta básica. Em janeiro, essa jornada de trabalho chega a 112 horas e 20 minutos, ficando acima do mês anterior, quando eram necessárias 119 horas e 53 minutos.
Entre os destaques que foram apontados no levantamento do mês, o preço do quilo do café em pó apresentou alta em todas as capitais que foram comparadas em relação ao mês de dezembro.
Para o Dieese, a expectativa é de que aconteça uma quebra da safra até 2023 e que os menores estoques globais acabem influenciando no aumento geral do preço do café.
O óleo de soja também ficou mais caro em 15 capitais, sendo que apenas Vitória e Aracaju não subiram o valor deste item. O destaque de alta foi para Belém, que teve uma variação de 5,99% neste que é um dos itens mais importantes da atual cesta básica. Sendo assim, mesmo com o aumento do Auxílio Brasil, muitas famílias ainda apresentam dificuldades para comprar produtos básicos para sua casa.