Economia

Vai ter HORÁRIO DE VERÃO? Veja a decisão do Governo Lula

O horário de verão no Brasil sempre foi um assunto bastante discutido e controverso. Com a chegada do primeiro ano do mandato de Luiz Inácio Lula da Silva, diversos setores da economia, como o comércio, estão pedindo a retomada dessa medida. No entanto, o Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, descartou a possibilidade de implementação do horário de verão em 2023, pelo menos por enquanto.

O horário de verão suspenso desde 2019

Desde 2019, o horário de verão está suspenso no Brasil. Na época, o então presidente Jair Bolsonaro alegou que a medida perdeu sua eficácia e razão de ser devido a mudanças no padrão de consumo de energia e aos avanços tecnológicos. Essas mudanças fizeram com que o adiantamento dos relógios em uma hora não fosse mais necessário para o setor elétrico.

Setores da economia defendem o retorno do horário de verão

Apesar da suspensão, alguns setores da economia, como bares e restaurantes, argumentam que a volta do horário de verão traria benefícios para suas atividades. A Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) enviou uma carta ao presidente Lula pedindo o retorno dessa medida. Segundo a associação, o horário de verão poderia gerar um aumento estimado de 10% a 15% no faturamento desses estabelecimentos.

Ministro de Minas e Energia descarta o retorno

No entanto, o Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, declarou que, por enquanto, não há planos para a adoção da medida em 2023. Segundo ele, os reservatórios de energia estão em um bom momento, o que torna a medida desnecessária no momento atual. O ministro ressalta que o horário de verão só seria implementado se houvesse riscos ao setor energético e evidências de necessidade de segurança de suprimento.

Avaliação técnica do Ministério de Minas e Energia

A área técnica do Ministério de Minas e Energia avalia que não é necessário retoma-lo em 2023. A situação dos reservatórios e a oferta de fontes renováveis são consideradas suficientes para garantir o fornecimento de energia. Além disso, acredita-se que o comportamento de consumo da população mudou ao longo dos anos, tornando a medida menos eficaz.

Decisão cabe ao Palácio do Planalto

Apesar da avaliação técnica do ministério, a decisão sobre o horário de verão não cabe apenas a eles. Na prática, é o Palácio do Planalto que reúne as informações técnicas e políticas e, se necessário, pode editar um decreto sobre o horário de verão. Portanto, é importante acompanhar as decisões do governo em relação a essa medida.

Benefícios e desvantagens

O horário de verão sempre foi alvo de debates sobre seus benefícios e desvantagens. Os defensores da medida argumentam que ela possibilita uma maior economia de energia, reduzindo a demanda no horário de pico. Além disso, destacam que o horário de verão pode estimular atividades ao ar livre, como o turismo e o lazer.

Por outro lado, os críticos afirmam que os benefícios do horário de verão são questionáveis. Alguns estudos indicam que a economia de energia é mínima e pode até mesmo ser compensada pelo aumento do consumo em outros horários. Além disso, muitas pessoas reclamam dos transtornos causados pela mudança de horário, como problemas de sono e desregulação do relógio biológico.

Horário de verão em outros países

A medida também é adotada em diversos outros países ao redor do mundo. O objetivo principal dessa medida é aproveitar melhor a luz natural do dia, reduzindo o consumo de energia elétrica. No entanto, a adoção do horário de verão varia de acordo com cada país e região, levando em consideração fatores como o clima e as necessidades de cada local.

Medida ainda é incerta

A discussão sobre o horário de verão no Brasil continua em pauta, mas a decisão do governo Lula para o primeiro ano de seu mandato é clara: não haverá retomada dessa medida em 2023. O Ministro de Minas e Energia descartou a possibilidade, argumentando que os reservatórios estão em boas condições e não há evidências de necessidade de segurança de suprimento. Cabe ao Palácio do Planalto avaliar as informações técnicas e políticas e tomar uma decisão sobre o horário de verão. Enquanto isso, os setores da economia que defendem a volta dessa medida terão que aguardar por novas definições do governo.