A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou de forma emergencial, na última terça-feira (22/11), duas vacinas bivalentes da Pfizer contra o vírus da covid-19. Ademais, os imunizantes servirão como uma dose de reforço contra a doença, em especial as subvariantes da Ômicron, do coronavírus.
Houve uma atualização dos imunizantes, com o objetivo de atuar contra as sublinhagens do vírus. Todavia, o Bivalente BA1 é capaz de proteger o corpo contra a variante original e o Ômicron BA1. O Bivalente BA4/BA5 deverá atuar contra o vírus original e a subvariante Ômicron BA4/BA5.
A Diretoria Colegiada da Anvisa votou a decisão em uma reunião extraordinária, em conjunto com sociedades médicas, com o objetivo de avaliar o quadro apresentado pelas variantes do Ômicron. Aliás, o laboratório americano Pfizer havia apresentado um pedido de autorização temporária para a utilização de suas vacinas em situação de emergência.
As duas novas versões das vacinas bivalentes seriam utilizadas, a fim de servir como dose de reforço na população brasileira acima de 12 anos de idade. A princípio, o laboratório afirma que tem como objetivo, oferecer uma maior proteção em relação às novas variantes do Ômicron que tem circulado pelo país.
Novas vacinas bivalentes
As vacinas bivalentes seriam uma atualização da vacina Comirnaty monovalente em ação no Brasil capaz de proteger melhor da infecção causada pelas novas linhagens. A empresa americana havia enviado um pedido para a Anvisa, relacionado a vacina bivalente BA.1 em agosto.
A Agência realizou uma análise minuciosa e pediu à Pfizer o envio de maiores informações a respeito da vacina em duas ocasiões. O segundo pedido foi feito em setembro, relativo à produção de um imunizante capaz de proteger o corpo contra a sublinhagem BA.4 e BA.5 do Ômicron.
De acordo com um anúncio feito pela Pfizer no início de novembro, a vacinação de reforço utilizando os imunizadores bivalentes do laboratório contra a covid-19, são capazes de gerar uma resposta imunizante do corpo. Ela é bastante superior à do imunizante original, produzido pela empresa farmacêutica.
Para a produção do imunizante bivalente, foi realizado um ensaio clínico. Ele demonstrou uma resposta imunizadora que conseguiu neutralizar a ação do vírus um mês depois da aplicação de sua dose de reforço. A Pfizer afirmou que houve uma grande segurança e tolerância na imunização gerada pelas vacinas.
Dados clínicos
A farmacêutica informou que os resultados gerados reforçam as informações que ela possuía a respeito de estudos anteriores sobre a vacina. Neste caso, a resposta dos imunizantes se deu depois de sete dias de sua aplicação. Ela afirma que uma dose de reforço de 30 µg de sua vacina bivalente é capaz de induzir uma alta proteção contra as sublinhagens BA.4 e BA.5.
De fato, a Pfizer vem desenvolvendo versões atualizadas de seus imunizantes com o objetivo de oferecer uma maior proteção em relação às mutações que o coronavírus vem sofrendo durante a pandemia. Vale ressaltar que as primeiras vacinas tiveram como base a cepa original do coronavirus, em 2020.
As mutações que o vírus tem sofrido fazem com que algumas vacinas percam a sua eficácia, principalmente em relação aos imunizantes monovalentes. Este caso é mais grave em situações onde há infecções sintomáticas. As vacinas ainda conseguem ser efetivas em casos graves, desde que tomadas nas doses certas.
De acordo com os estudos feitos sobre a atualização das duas vacinas, constatou-se que as doses de reforço podem ajudar na defesa do organismo. No entanto, com o passar do tempo, há uma diminuição de sua eficácia, principalmente em relação às subvariantes BA.1 e BA.2.
Dose de reforço
Segundo Pesquisas científicas, a respeito da ação coronavírus no corpo, foi confirmado que a resposta imunológica é ampliada através das doses de reforço dos imunizantes utilizados no controle da doença. De fato, o Ministério da Saúde tem divulgado esta orientação.
A recomendação é a de que pessoas com idade superior a de 12 anos apliquem a primeira dose de reforço após quatro meses depois da segunda aplicação das vacinas da Astrazeneca, Pfizer, ou CoronaVac. O segundo reforço é para pessoas com mais de 40 anos, e trabalhadores da área de saúde.