Uso de smartphone para pagamentos presenciais segue crescendo
Tecnologias como QR Code e NFC para pagamentos via smartphone aumentaram; pesquisa também destaca o alto alcance do m-commerce entre os brasileiros
A pesquisa Panorama Mobile Time/Opinion Box – Pagamentos móveis e comércio móvel no Brasil – setembro de 2021, produzida pelo site Mobile Time em parceria com a empresa Opinion Box, aponta que o uso do smartphone para pagamentos presenciais não parou de crescer durante a pandemia. A proporção de brasileiros com smartphone que já realizaram pagamento com QR Code subiu de 53% para 58% em cinco meses, enquanto a proporção de quem já pagou por aproximação (NFC) passou de 34% para 36%, no mesmo intervalo.
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Em ambas as tecnologias de pagamento foi observada uma proporção maior entre homens, jovens de 16 a 29 anos, e pessoas das classes A e B. O pagamento por QR code, por exemplo, já foi experimentado por 64% dos homens contra 53% das mulheres. A pesquisa entrevistou 2,1 mil brasileiros que acessam a Internet e possuem smartphone e tem validade estatística, com margem de erro de 2,1 pontos percentuais e grau de confiança de 95%.
Na questão dos pagamentos por QR Code, o Pix pode ter influenciado o brasileiro a utilizar a tecnologia. Em março de 2020, quando o Pix ainda não havia sido lançado pelo Banco Central, apenas 35% dos brasileiros entrevistados já tinham utilizado o QR Code para fazer um pagamento. O pagamento por aproximação no smartphone, no entanto, já era utilizado por 23% dos entrevistados em março de 2020.
Quase todos os brasileiros já compraram por app
A pesquisa também avalio o cenário de e-commerce móvel (m-commerce) e aponta que o hábito de comprar pelo smartphone já é habitual no Brasil, visto que 91% dos brasileiros com smartphone já realizaram uma compra do tipo. Neste grupo, chamado de “consumidores móveis”, 86% fizeram pelo menos uma compra através de app ou site móvel nos últimos 30 dias, o que representa um ganho de cinco pontos percentuais em comparação com a pesquisa anterior.
Além disso, 83% dos consumidores móveis afirmam que atualmente fazem mais compras pelo celular do que cinco meses atrás. E 80% deles declaram que compram mais pelo smartphone que pelo desktop.
Segundo o estudo, o avanço do m-commerce pode ser explicado pela boa experiência do usuário: 91% dos consumidores móveis dão notas 4 ou 5, em uma escala de 1 a 5, para medir a sua satisfação com o serviço. O cashback continua sendo a característica mais valorizada pelos brasileiros em apps de m-commerce, citado por 50% dos consumidores móveis. Em segundo lugar vem a entrega no mesmo dia, apontada por 42%.
É a elite quem puxa o hábito do comércio móvel no Brasil. Nas classes A e B, 35% dos consumidores móveis costumam realizar pelo menos uma compra por semana via app ou site móvel, contra 20% nas classes C, D e E.
Aplicativos favoritos para compras
Entre os aplicativos usados com mais frequência no m-commerce brasileiro os três primeiros colocados são iFood (33%), Mercado Livre (31%) e Americanas (30%), que já figuravam nestas posições na pesquisa de março de 2021. O estudo destaca a ascensão da Shopee que, em seis meses, ganhou nove pontos percentuais e chegou a 27% da preferência, conquistando a quarta posição. O Magazine Luiza, na quinta posição, também registrou um aumento acima da margem de erro, crescendo quatro pontos percentuais em seis meses, passando de 18% para 22%.
As categorias de produtos que registraram maior aumento nas compras pelo celular em seis meses foram as de roupas (passou de 42% para 49% a proporção de consumidores móveis que já compraram esse produto pelo celular) e a de cosméticos e itens de higiene pessoal (subiu de 29% para 34%).
A pesquisa também monitorou o uso do WhatsApp, Instagram e Messenger para compras, chamado de comércio conversacional. O WhatsApp lidera o segmento, com 62% dos consumidores afirmando que já encomendaram produtos e/ou serviços através do WhatsApp. O Instagram vem em segundo lugar, tendo sido usado por 44% dos consumidores móveis brasileiros para encomendas de produtos e serviços. O Messenger, por sua vez, é o menos usado dos três para comércio conversacional: apenas 34% dos consumidores móveis fizeram encomendas por ele.