O presidente Jair Bolsonaro afirmou, em cerimônia ao lado do ministro da Economia Paulo Guedes, que espera, em parceria com o Congresso Nacional, encontrar um meio-termo em relação a prorrogação do auxílio emergencial.
De acordo com Bolsonaro, o valor de R$600 é alto, mas R$200 é pouco. Dessa forma, é bem possível que os valores da prorrogação seja um meio-termo, como ele próprio falou. Especula-se, também, o valor de R$300. Mas ainda não há nada definido.
“Hoje tomei café da manhã com o [presidente da Câmara, Rodrigo] Maia (DEM-RJ), e tratamos deste assunto. Os R$ 600 pesa muito para a União, porque é endividamento. E se o país endivida, você perde credibilidade”, disse o presidente.
“R$ 600 é muito, R$ 200 é pouco. Mas dá para chegar a um meio-termo e ser prorrogado por alguns meses, talvez até o final do ano de modo que consigamos sair dessa situação. Fazendo com o que os empregos voltem à normalidade”, acrescentou. Além das cinco já aprovadas, o governo estuda a liberação de mais parcelas do benefício, porém, a medida depende de ajustes no Orçamento.
A lei aprovada pelo Congresso concede autonomia ao presidente Jair Bolsonaro para estender as parcelas de R$ 600 do benefício até o final do ano, desde que indique a fonte do recurso. Já se quiser reduzir o valor das parcelas ou prorrogar o auxílio para 2021, o governo precisará da aprovação da Câmara e do Senado.
Na terça-feira (18), Rodrigo Maia, presidente da Câmara, declarou que está no aguardo de uma posição do governo sobre a prorrogação do auxílio e também da criação de um programa de renda básica, para iniciar a discussão sobre de onde viriam os recursos para os programas, sem afetar o teto de gastos.
“Temos de esperar a posição oficial do governo sobre esse assunto. A gente sabe que o auxílio foi fundamental, urgente e teve um impacto muito grande para milhões de brasileiros. O governo vai precisar apresentar sua posição em relação às condições de prorrogar, em qual valor, para que a gente saiba qual impacto que isso tem nas contas públicas”, disse Rodrigo Maia.
Pagamento da 5ª parcela
O pagamento da quinta parcela do auxílio emergencial, atualmente no valor de R$600, vai começou a ser pago no dia 18 de agosto para os beneficiários do Bolsa Família.
Os beneficiários que se inscreveram pelo aplicativo ou site e nascidos em janeiro começam a receber a quinta parcela a partir do dia 28 de agosto.
O dinheiro é depositado em conta poupança social digital da Caixa e movimentado pelo app Caixa Tem.
O calendário de pagamento da 5ª parcela do auxílio para beneficiários do Bolsa Família segue até dia 31 de agosto. Novamente, o cronograma segue de acordo com o último dígito do Número de Identificação Social (NIS).
No dia 18 de agosto, o pagamento é liberado para quem tem NIS terminado em 1. No dia 31 de agosto, o último do calendário, o pagamento é liberado para quem tem NIS terminado em 0.
Diferente do que acontece com beneficiários que fizeram cadastro pelo site ou app, os do Bolsa Família não precisam aguardar por um segundo cronograma para fazer saque em espécie do auxílio.
Os beneficiários que não recebem do Bolsa Família, receberão o recurso por depósito em poupança digital pelo aplicativo Caixa Tem. Inicialmente, o dinheiro só pode ser usado para pagamento de contas e boletos e compras por meio de cartão virtual, e só em um segundo momento o recurso é liberado para saques e transferências.
Atualmente, o governo estuda criar mais parcelas do benefício com um valor reduzido. Porém, ainda não há nada concreto sobre a extensão. Apenas os cinco pagamentos estão garantidos.
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