Alívio! Os professores de universidades e de institutos federais de educação e governo federal chegaram a um acordo. Assim, chega ao fim a greve iniciada há cerca de 60 dias.
A saber, o termo de acordo foi fechado no último domingo (23), e será assinado nesta quarta-feira (26).
Até a data da celebração do acordo, segundo a entidade que representa os docentes, 55 universidades ainda enfrentavam greves.
Anúncio do fim da greve dos professores
De acordo com o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN), o fim da greve se inicia nesta segunda-feira (24). No entanto, deve se consolidar plenamente somente até o dia 3 de julho.
“Reunido em Brasília neste fim de semana, o Comando Nacional de Greve informa que, finalizada a sistematização dos resultados deliberados nas assembleias da base nos estados entre os dias 17 e 21 de junho, a categoria docente definiu pela assinatura do termo de acordo apresentado pelo governo, a ser realizada em 26 de junho, bem como pela saída unificada da greve a partir de tal data, até 3 de julho”, informou, em nota, o Andes.
Ainda mais, o retorno às aulas dependerá da decisão interna de cada instituição federal de ensino. Assim, caberá às universidades definir o próprio calendário acadêmico.
Avanços
Em comunicado, a entidade diz que, apesar de as propostas apresentadas pelo governo não atenderem “adequadamente ao conteúdo de nossas justas demandas”, o movimento será encerrado.
Contudo, acrescenta, os termos “refletem avanços que só foram possíveis graças à força do movimento paredista. Para além do que já conquistamos, nos últimos retornos que tivemos do governo federal, a conjuntura aponta para os limites desse processo negocial”.
Ainda mais, o Andes acrescentou que a greve “alcançou seu limite e que estamos no momento de seguir a luta por outras frentes”.
Afinal, qual foi a proposta que garantiu o fim da greve?
Cabe mencionar que a proposta apresentada pelo governo, acatada pelo Comando Nacional de Greve, foi a de reajuste zero em 2024, devido às limitações orçamentárias.
Para compensar, foi oferecida uma elevação do reajuste linear, até 2026, de 9,2% para 12,8%, sendo 9% em janeiro de 2025 e 3,5% em maio de 2026. Isso, com percentuais diferentes para cada classe profissional.
Além disso, vale mencionar que o acordo proposto pelo governo ainda prevê a revogação de uma portaria, editada em 2020, que elevou a carga horária mínima semanal para professores. Com a portaria atual, o professor é obrigado a cumprir o mínimo de 14 horas, em caso de tempo integral, ou 10 horas se parcial.
Com informações da Agência Brasil