Ao contrário do que vem sendo especulado nos últimos dias, o Ministro da Economia, Paulo Guedes, garantiu que não vai prorrogar o auxílio emergencial. De acordo com o calendário oficial, os últimos pagamentos acontecem neste mês de outubro. Os saques seguirão sendo liberados até novembro.
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Guedes disse isso em entrevista para a TV Bloomberg. Em inglês, ele argumentou que a situação da pandemia no Brasil está melhorando. Ele disse ainda que as pessoas estão recuperando aos poucos os seus empregos. Por isso, ainda de acordo com ele, não haveria necessidade de uma nova prorrogação.
“Com a vacinação em massa e retorno seguro ao trabalho, o que está acontecendo no Brasil (é verdade, a inflação está subindo) mas políticas fiscais e monetárias estão lá e haverá crescimento no ano que vem”, disse o Ministro da Economia nesta mesma entrevista ao falar sobre o Auxílio Emergencial.
Guedes, no entanto, deixou uma porta meio aberta para esse assunto. Ainda de acordo com ele o Auxílio Emergencial pode sim passar por uma prorrogação. De acordo com ele, isso só vai acontecer se o país passar por um aumento no número de casos da Covid-19 nas próximas semanas.
“Se houver um aumento na doença, vamos fazer a mesma coisa que fizemos antes: aumentamos os gastos, camadas de proteção aos cidadãos mais vulneráveis”, disse Guedes. Rapidamente, essas declarações acabaram repercutindo muito dentro e fora do país. As redes sociais mostram muito isso.
Brasileiros sem auxílios
Pelas contas do Ministro da Cidadania, João Roma, algo em torno de 25 milhões de brasileiros que hoje recebem algumas ajuda do Governo Federal ficarão sem nada a partir do próximo mês de novembro. Isso aconteceria se o Auxílio Emergencial não fosse prorrogado.
Além disso, há também uma preocupação com a falta de emprego. Quem costuma enviar currículos e procurar trabalho de alguma forma sabe que a situação ainda está longe do normal. Conseguir um salário está cada vez mais difícil no país.
E não parou por aí. O fim do Auxílio Emergencial pode acontecer justamente em um momento de alta inflação. Há aumentos nos preços da cesta básica, da conta de luz, da gasolina e do botijão de gás neste momento.
Outra prorrogação
O Governo Federal retomou os pagamentos do Auxílio Emergencial este ano no último mês de abril. Naquele momento, a ideia era seguir com os repasses do programa até julho. Seriam portanto quatro liberações.
Só que diante do cenário de piora na situação da pandemia, o Governo tomou a decisão de prorrogar o benefício por mais três meses. Naquele momento, o Ministro Paulo Guedes apoiou a prorrogação do Auxílio.
Agora, no entanto, diante dos números menores da pandemia, ele parece desafiar a onda do Palácio do Planalto ao ser contra uma nova prorrogação. O fato agora é que o Governo tem poucos dias para resolver se vai prorrogar ou não o Auxílio.
7ª parcela vai começar
Conforme o calendário oficial do Governo Federal, o banco agora seguirá para os depósitos referente a 7ª parcela do benefício. Dessa forma, já crescem as expectativas pela liberação da 7ª parcela, até então a última etapa de pagamentos.
Os depósitos da 7ª parcela têm previsão começar em poucos dias, uma vez que o cronograma confirma que a previsão é iniciar os depósitos no dia 20 de outubro. Sendo assim, em menos de duas semanas os trabalhadores já terão a liberação de novos depósitos nas contas. Os pagamentos seguirão sendo efetuados até 31 de outubro, quando os nascidos em dezembro terão o valor do benefício depositado em suas contas.
No que diz respeito aos saques em espécie, a CAIXA já revelou quando os trabalhadores poderão ter acesso ao valor. Segundo o banco, o calendário de saques da 7ª parcela terá início no dia 1º de novembro deste ano. A liberação do dinheiro em espécie continuará até o dia 19 de novembro. Até então continua sendo a última liberação do benefício, uma vez que já existe movimentos pela prorrogação do auxílio emergencial ainda este ano.