“Incidentes de segurança”. Foi o este o termo utilizado pelo Banco Central (BC) na manhã desta terça-feira (11) para revelar que ocorreram novos vazamentos de dados do Pix de brasileiros. O erro ocorreu basicamente em duas instituições de pagamento.
Segundo o BC, estas duas instituições de pagamentos foram:
- Iugu:
Houve vazamento de dados cadastrais vinculados a 19.849 chaves Pix: nome do usuário, CPF com máscara, instituição de relacionamento, agência, número e tipo de conta, entre 21 e 27 de maio deste ano.
- Pagcerto:
Foram vazados dados cadastrais vinculados a 2.197 chaves PIX: nome completo, CPF com máscara, instituição de relacionamento, número da agência, número e tipo da conta, entre 23 e 24 de abril deste ano.
De acordo com as informações oficiais, agora já são 10 os casos de vazamentos de dados de clientes por instituições financeiras no Brasil. Todas elas envolvem o Pix, o sistema de pagamento em tempo real desenvolvido pelo Banco Central (BC), e que está em funcionamento desde novembro de 2020.
Os dados vazados
Apesar do vazamento, o Banco Central garantiu por meio de nota que não foram expostos dados sensíveis como senhas, informações de movimentações, ou mesmo saldos financeiros. Também não foram vazados informações que estejam sob sigilo bancário.
“As informações obtidas são de natureza cadastral, que não permitem movimentação de recursos, nem acesso às contas ou a outras informações financeiras”, acrescentou o BC, em nota.
Todas as pessoas que tiveram os seus dados vazados serão informadoas do ocorrido nas próximas horas por meio do sistema de internet banking das suas instituições financeiras.
“Nem o BC nem as instituições participantes usarão quaisquer outros meios de comunicação aos usuários afetados, tais como aplicativos de mensagem, chamadas telefônicas, SMS ou e-mail”, afirmou o Banco Central em nota.
Em regra geral, o cidadão atingido pelo vazamento não vai precisar realizar nenhum tipo de procedimento. Não acredite, portanto, em mensagens que exigem o envio de senhas, fotos de cartão ou qualquer outro tipo de informação que seja considerada pessoal.
“Mesmo não sendo exigido pela legislação vigente, por conta do baixo impacto potencial para os usuários, o BC decidiu comunicar o evento à sociedade, à vista do compromisso com a transparência que rege sua atuação”, completou a autarquia.
Dicas para se proteger de golpes do Pix
Mesmo que desta vez os cidadãos tenham se livrado de golpes com o vazamento de dados, o fato é que existe uma grande preocupação sobre o assunto dentro do Banco Central (BC).
Pensando nisso, separamos abaixo algumas das dicas mais indicadas por especialistas para que o cidadão consiga se proteger dos golpes envolvendo o Pix. O indivíduo que segue todas elas, tem as suas chances de ser vítima muito reduzidas. Portanto, é importante seguir cada passo.
- Confira a informação gerar pelo QR Code
A grande maioria dos golpes envolvendo o Pix possuem como base os QR Codes falsos. Para tentar se livrar deste problema, é muito importante verificar se o valor e a conta de destino indicada no seu celular estão corretos. Se você não conferir antes de confirmar a transferência, não poderá reaver a quantia.
- Evite Wi-fi público
Outra dica muito importante que poucas pessoas conhecem é evitar o uso do Wi-fi público na hora de realizar uma transferência por Pix. A dica é evitar ao máximo usar este sistema mesmo que você não vá realizar a transferência.
- Use apenas o app oficial
Vai precisar fazer um pix? Então prefira realizar o procedimento através do site ou aplicativo oficial do seu banco. Criminosos costumam indicar outros links externos. Fuja deles.
- Evite revelar dados
Os únicos dados que você precisa inserir no momento de fazer um Pix são a chave de destino e a senha do seu aplicativo. Nada além disso. Neste sentido, lembre-se também de não repassar a sua senha para nenhuma outra pessoa.