URGENTE! 123milhas tem dívidas com os próprios donos e centenas de pousadas; veja

URGENTE! 123milhas tem dívidas com os próprios donos e centenas de pousadas; veja

A 123milhas, uma renomada empresa de turismo, está enfrentando uma crise financeira considerável. A lista de credores da empresa inclui seus próprios donos, além de pequenas hospedarias, agências de turismo, bancos e gigantes da tecnologia como o Google.

A situação geral da dívida

A empresa acumulou uma dívida total de R$ 2,3 bilhões, conforme os detalhes divulgados recentemente à justiça mineira. A 123milhas solicitou recuperação judicial alegando incapacidade de pagar suas dívidas.

Dentre as dívidas, aproximadamente R$ 15 milhões são de natureza trabalhista, enquanto R$ 92 milhões são devidos a micro ou pequenas empresas.

A maior parte do débito, R$ 2,2 bilhões, é com os credores quirografários, que não possuem garantia de recebimento. Entre eles estão os consumidores da 123milhas, seus respectivos fornecedores, além de instituições financeiras.

 Os donos como credores

Os próprios donos do negócio, os irmãos Augusto Julio e Ramiro Julio Soares Madureira, assim como Tania Silva Soares Madureira, estão entre os credores quirografários. Ramiro tem R$ 3,7 milhões a receber, enquanto Augusto e Tania têm R$ 1,5 milhão e R$ 2 milhões respectivamente.

A visão dos especialistas

Filipe Denki, advogado especializado em recuperação judicial, explica que é comum ver os próprios donos se tornando credores após emprestarem dinheiro à empresa. Ele estimou que os descontos na dívida poderiam chegar a 70% ou 80%.

Dívidas da 123milhas

O Banco do Brasil é o maior credor financeiro da 123milhas, com R$ 74,5 milhões a receber. Outras instituições financeiras, como o banco digital BMP e o banco Santander de Luxemburgo, também têm valores consideráveis a receber.

O Google ocupa o segundo lugar na lista de credores, com R$ 50,5 milhões a receber. A 123milhas também tem uma dívida de R$ 5,5 milhões com o Facebook.

A 123milhas também deve a empresas de mídia como a JCDecaux, responsável por anúncios em mobiliário urbano, e a Eletromidia, especializada em propaganda em elevadores.

A Iterpec, prestadora de serviços na área de turismo, tem R$ 25,8 milhões a receber. Operadoras de turismo regionais como a paranaense Ezlink e a Diversa Turismo também têm valores significativos a receber.

A corretora de seguros digital Hero tem R$ 8,4 milhões a receber.

Diversos hotéis, de diferentes portes, também estão na lista de credores. A maior dívida é com a rede espanhola Restels, a quem a 123milhas deve R$ 12,5 milhões.

Várias pousadas em todo o Brasil também fazem parte da lista de credores da 123milhas.

A resposta da 123milhas

Até o momento da publicação deste artigo, a 123milhas não se pronunciou sobre a lista de credores.

Nota: Os valores em reais citados neste artigo foram convertidos usando a taxa de câmbio atual e podem variar.

Polêmica 123milhas

Ramiro Julio Soares Madureira e Augusto Júlio Soares Madureira são sócios e administradores da 123milhas e estão neste momento no meio de uma grande polêmica envolvendo o cancelamento de pacotes da agência de viagens. Milhares e brasileiros se prejudicaram com a decisão.

Há cerca de duas semanas, a 123milhas anunciou a suspensão do pacote Promo, que estava oferecendo viagens a preços muito mais baratos do que a média do mercado. Os embarques que estavam programados para acontecer entre os meses de setembro e dezembro foram todos cancelados.

A empresa afirmou em nota que vai devolver todo o dinheiro que foi pago pelas pessoas que já tinham os pacotes contratados. Contudo, a agência está devolvendo o saldo apenas no formato de voucher. Trata-se de um documento que permite a compra de novos pacotes dentro do sistema da própria agência.

O Ministério da Justiça já se pronunciou sobre o assunto por meio da Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon). De acordo com o órgão, a empresa não pode se negar a devolver o dinheiro em espécie se o cliente solicitar este formato de reembolso.

“Mantemos a posição de que a empresa deve ressarcir em dinheiro o consumidor que assim queira”, afirmou Wadih Damous, secretário nacional do consumidor, durante entrevista à CNN Brasil na tarde deste domingo (27).

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