Trump critica decisão de Harvard de manter ensino remoto

Nesta quarta-feira (8), a Harvard e o Massachusetts Institute of Technology (MIT) afirmaram que vão processar o governo de Donald Trump por causa da norma que tira o visto de estudantes de estrangeiros

Depois de o governo dos Estados Unidos ter decidido que estrangeiros com visto de estudante matriculados em aulas 100% on-line podem ter que deixar o país, o presidente Donald Trump chamou de “ridícula” o anúncio da Universidade Harvard de ministrar cursos de forma remota no outono, por conta da pandemia do novo coronavírus. A medida pode prejudicar muitos alunos estrangeiros.

“Acho ridículo, uma saída fácil. E acho que deveriam se envergonhar”, disse Trump durante mesa-redonda na Casa Branca, convocando as escolas e universidades a reabrirem no próximo semestre.

Segundo o Presse France, várias instituições buscam um modelo híbrido de ensino presencial e remoto, mas algumas, incluindo Harvard, informaram que todas as aulas serão ministradas pela internet. A renomada universidade, com sede em Cambridge, Massachusetts, indicou que 40% dos alunos poderão retornar ao campus, mas que as aulas serão à distância.

Nesta quarta-feira (8), a Harvard e o Massachusetts Institute of Technology (MIT) afirmaram que vão processar o governo de Donald Trump por causa da norma que tira o visto de estudantes de estrangeiros que estiverem fazendo aulas unicamente online.

De acordo com o jornal “The New York Times”, a medida foi interpretada como uma tentativa, por parte da Casa Branca, de pressionar as universidades a reabrir os campi.

Deportação

Na segunda-feira (6), o departamento de Imigração e Alfândega dos EUA determinou a saída desses estrangeiros do país ou que eles mudem para escolas ou universidades com ensino presencial.

A medida vale para estudantes com os vistos F-1 e M-1 a partir da retomada do ano letivo, geralmente em setembro. Caso esses estrangeiros não se adequem à determinação, as autoridades imigratórias dos EUA podem aplicar sanções que incluem a remoção ao país de origem.

“Caso estudantes se vejam nessa situação, eles devem deixar o país ou tomar medidas alternativas para manter o status de não imigrante, como uma carga horária reduzida ou apresentar atestado médico apropriado”, diz o comunicado do departamento de Imigração e Alfândega dos EUA.

No caso de escolas com aulas presenciais e à distância, o governo dos EUA permitirá que apenas alunos com visto F — visto para cursos acadêmicos — poderão cursar uma ou mais disciplinas on-line, desde que não seja o curso inteiro.

Essa flexibilidade não vale para estrangeiros com o visto M (para educação profissionalizante) ou que estejam no país para estudar inglês. Nesses casos, os estudantes deverão fazer todas as aulas presencialmente.

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