Um levantamento feito pelo Instituto Nacional de Geografia e Estatística (IBGE), apontou que a taxa de desemprego no país é maior entre as mulheres. De acordo com os dados da pesquisa, a desocupação foi de 9,8% no 4º trimestre de 2022. No mesmo período, os homens apresentavam um índice de 6,5%.
Vale ressaltar que essa disparidade já foi maior no passado. O estudo aponta que em um ano, o desemprego entre as mulheres caiu cerca de 4,1%, enquanto que a desocupação masculina teve uma redução de 2,5%. Todavia, há uma diferença de 3,3% nas estimativas, sobre o mercado de trabalho, relativos aos dois sexos.
Analogamente, no 4º trimestre de 2022, havia no país, 8,6 milhões de pessoas procurando emprego. Destas, 4,7 milhões eram mulheres, e 3,9 milhões homens. Em relação à taxa de subutilização, onde há desempregados, pessoas que trabalham menos ou não procuram emprego, há também uma grande diferença.
A princípio, a taxa de subutilização das mulheres ficou em 18,5% no período. Já os homens, apresentaram um índice menor, de 14,6%. Dos 21,3 milhões de pessoas nesta situação, 12 milhões são do sexo feminino. Dessa maneira, através do levantamento do IBGE foi possível observar a disparidade entre os sexos.
Condição salarial das mulheres
O IBGE também aponta que a renda da mulher também é menor que a dos homens. De fato, seu salário é 22% inferior. A renda masculina média é de R$3.099. Em relação ao sexo feminino, sua renda é de R$2.416. No total, o salário médio no país ficou em R$2.808 no 4º trimestre do ano passado.
Diferença entre os sexos
Um grande número de pessoas veem a diferença salarial entre homens e mulheres como discriminação. Existem inúmeras ações trabalhistas com acusações de machismo e sexismo. A disparidade também acontece em casos onde os empregadores, mulheres, discriminam suas funcionárias por serem do mesmo sexo.
Especula-se que uma outra causa da diferença salarial é consequência da criação de meninos e meninas, que são diferentes, o que pode impactar em sua carreira profissional. Outra questão a ser mencionada é o fato de que cada sexo possui habilidades diferentes, que traz consequências para seu trabalho.
Desse modo, mulheres e homens também escolhem profissões e carreiras diferentes. Neste caso, o tipo de atividade não é remunerada igualmente. Entretanto, mesmo com essas diferenças, atualmente tem se falado a respeito da discriminação, de que muitas vezes, os empregadores são machistas.
Para que haja uma redução desta diferença de salários, o Governo Federal deve promover a conscientização, além de aprovar leis que visam acabar com o preconceito. A partir destas ações, haverá uma redução da discriminação, que pode ter como consequência, uma igualdade salarial.
Igualdade salarial
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), apresentou no Dia Internacional da Mulher (08/03), uma proposta de Lei para garantir que os salários de homens e mulheres relativos à mesma atividade sejam iguais. Vale ressaltar que já existe na legislação brasileira a determinação de igualdade salarial entre os sexos.
No entanto, na prática, estas leis não são cumpridas. Aliás, no Congresso Nacional existem propostas com o mesmo objetivo, mas que ainda não tiveram a sua aprovação. A Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) diz que as empresas devem pagar o mesmo salário para homens e mulheres se suas funções forem iguais.
Em cargos mais importantes, como de gerência, diretoria, entre outros, dentro de uma empresa, a diferença entre os salários é grande. Nestes casos, as mulheres ganham em média 61,9% a menos do que os homens. Uma das causas para essa diferença é a de que não há uma fiscalização adequada nas organizações.
Mulheres no mercado de trabalho
Em síntese, em casos de discriminação no ambiente de trabalho, as mulheres podem buscar uma ação trabalhista. Entretanto, muitos profissionais acabam ficando com medo de manchar sua reputação no mercado de trabalho. As multas relativas às penalidades previstas por leis também são muito reduzidas.
Há um baixo impacto destas penalidades nas grandes empresas, e estas organizações acham mais barato pagar a multa do que cumprir com a legislação trabalhista. A grande maioria das organizações afirmam que não discriminam as mulheres. No entanto, a pesquisa do IBGE aponta o contrário.