Tesouro vê ‘estrago muito grande’ na economia se ações de combate à Covid virarem permanentes

Nesta terça-feira (24), Bruno Funchal, secretário do Tesouro Nacional, afirmou que pode haver um “estrago muito grande” na economia do Brasil, se as ações emergenciais de combate à crise da pandemia do novo coronavírus virarem permanentes. Entre as medidas emergenciais está o auxílio emergencial.

“A gente observa que, historicamente, quando tem alguma crise e se faz algumas ações, e essas crises se perpetuam, ou seja, políticas que eram para ser temporárias, para lidar com um problema temporário como a gente está vendo, se tornam permanentes, o estrago que isso tende a fazer na economia é muito grande”, afirmou Funchal.

O secretário defende uma “virada de página” nas políticas do governo para ajudar os brasileiros mais vulneráveis durante a pandemia. Funchal também defendeu a contenção de gastos e discussões de reformas econômicas estruturais ano que vem.

“Esse próximo mês vai definir muita coisa nos próximos cinco, dez anos. É muito importante que a gente discuta, tenha um bom diagnóstico e aponte a direção correta neste momento, porque isso vai influenciar não só a nossa vida, mas a vida de todos os brasileiros. Fazer a virada de página de forma correta, da melhor forma possível”, completou.

De acordo com o colunista Valdo Cruz, do G1 e GloboNews, ala política do governo já defende a prorrogação do auxílio emergencial. Mas, até agora, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ainda não deu nenhuma definição sobre o tema.

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