Conforme informações oficiais do Tesouro Nacional, em janeiro de 2022, houve superávit primário de R$ 76,5 bilhões, frente a superávit de R$ 43,5 bilhões em janeiro de 2021 (valores nominais). Confira outros apontamentos relevantes quanto aos dados do resultado fiscal do Governo Central em janeiro de 2022.
Tesouro Nacional 2022: resultado fiscal do Governo Central
Conforme dados oficiais, em janeiro de 2022, a Previdência Social (RGPS) registrou déficit de R$ 16,0 bilhões (a preços de jan/22), enquanto o Tesouro Nacional e o Banco Central do Brasil (BCB) apresentaram superávit de R$ 92,5 bilhões.
O resultado primário do Governo Central acumulado em 12 meses (até jan/2022) foi de déficit de R$ 9,7 bilhões, equivalente a 0,02% do Produto Interno Bruto (PIB).
Déficit RGPS + RPPS Civil e Pensões/Inativos Militares
Total do déficit RGPS + RPPS Civil e Pensões/Inativos Militares = R$ 359,7 bilhões (3,9% do PIB) no Governo Central no acumulado em 12 meses até janeiro de 2022, a preços de jan/2022 – IPCA. A redução do déficit do RGPS entre jan/21 e jan/22 em R$ 41,9 bi deveu-se ao efeito conjunto da redução em R$ 11,2 bi dos benefícios previdenciários e da elevação de R$ 30,7 bi da arrecadação líquida do RGPS
Receita Federal do Brasil (RFB)
A média móvel em 12 meses da Receita Administrada pela Receita Federal do Brasil (RFB) apresentou elevação real de 24,9% em relação a janeiro de 2021, enquanto a variação registrada pela arrecadação líquida para o RGPS foi de 6,7%.
Fatores variáveis
Em janeiro de 2022, a receita total apresentou elevação de R$ 35,7 bilhões (17,8%) em termos reais, em relação a janeiro de 2021. Essa variação decorre do efeito conjunto da:
- elevação de R$ 24,2 bilhões na receita administrada pela RFB;
- crescimento de R$ 7,9 bilhões nas receitas não administradas; e
- aumento de R$ 3,6 bilhões na arrecadação líquida para o RGPS.
A receita líquida apresentou elevação de R$ 31,3 bilhões (18,2%) em termos reais frente a janeiro de 2021, informa o Tesouro Nacional em documento oficial.
Classificação das políticas de combate a COVID19
Importante destacar que as despesas referentes às políticas de combate a COVID19 serão classificadas majoritariamente como obrigatórias, destaca o Tesouro Nacional.
Essa classificação decorre do fato de que as despesas executadas via crédito extraordinário, mesmo que discricionárias, acabam ganhando status de despesa obrigatória, haja vista seu caráter emergencial. Excluídos os R$ 127,2 bilhões de despesas em resposta à crise COVID-19, as despesas obrigatórias acumuladas em 12 meses (a preços de jan/22) apresentam trajetória estável, informa o Tesouro Nacional em divulgação oficial.
É importante acompanhar as movimentações oficiais do Tesouro Nacional e direcionar o seu plano de finanças no mercado de investimentos.