Todos os recursos destinados pelo governo federal ao setor público nacional necessitam de aprovação prévia do Congresso Nacional, e, para o ano de 2024 os projetos sociais acabaram sofrendo com as reduções.
Com o intuito de abrir espaço para emendas parlamentares, os deputados e senadores concordaram em efetuar cortes nos investimentos originalmente alocados para os projetos sociais planejados para o ano de 2024.
Dessa forma, em uma decisão tomada em 22 de dezembro, o Congresso Nacional formalizou a aprovação do corte no Orçamento de 2024, afetando projetos cruciais como o Farmácia Popular, o Auxílio-gás e o Fundo de Financiamento Estudantil (FIES).
Além disso, o salário mínimo, que estava inicialmente estipulado em R$ 1.421, foi reduzido para R$ 1.412.
Em suma, essas mudanças impactam significativamente diversos setores da sociedade, especialmente para a camada que realmente necessita dos projetos sociais.
Se você deseja aprofundar seu entendimento sobre essa questão, convidamos você a continuar a leitura abaixo.
Reajuste orçamentário de 2024 impacta projetos sociais em prol de emendas parlamentares
Como mencionamos anteriormente, deputados e senadores decidiram efetuar cortes no orçamento de projetos sociais em 2024 para a realocação desses recursos em emendas parlamentares.
A Lei Orçamentária Anual (LOA) delineou um montante significativo de R$ 53 bilhões distribuídos em três modalidades de emendas: R$ 25 bilhões para emendas individuais, R$ 11,3 bilhões para emendas de bancada, enquanto R$ 16,6 bilhões foram alocados para emendas de comissão.
A justificativa por trás dessa escolha é garantir que os investimentos permaneçam dentro dos limites estabelecidos pelo Orçamento.
Contudo, para atender a essa contingência, houve a necessidade de realizar cortes em alguns projetos sociais importantes. Entre as áreas afetadas, destacam-se:
- FIES (Fundo de Financiamento Estudantil): Sofrerá uma redução de R$ 43 milhões em seu orçamento, impactando diretamente os recursos disponíveis para o financiamento estudantil;
- Farmácia Popular: também experimentará uma redução significativa de R$ 336,9 milhões, afetando a disponibilidade de medicamentos subsidiados para a população;
- Auxílio-gás: terá uma diminuição de R$ 44,3 milhões, comprometendo a assistência financeira destinada à compra de gás para as famílias de baixa renda.
Observação sobre o corte em programas sociais
Os recursos alocados nos projetos sociais são fundamentais para assegurar a inclusão de novos beneficiários nos programas.
Portanto, é importante salientar que os participantes já integrados nesses projetos não serão afetados, preservando assim a continuidade de seu suporte.
Entretanto, aqueles que buscam ingressar nos programas derivados de projetos sociais podem enfrentar maior dificuldade para alcançar essa oportunidade.
Para compreender a relevância de cada programa na sociedade, é essencial analisar suas especificidades. Vejamos então como funcionam os que sofrerão com o corte orçamentário:
- FIES (Fundo de Financiamento Estudantil): o FIES é um programa importante que viabiliza o financiamento de cursos superiores em instituições privadas. Ele oferece aos estudantes a oportunidade de realizar o pagamento após a conclusão do curso;
- Auxílio-gás: esse programa consiste na liberação bimestral de um montante equivalente a 100% da média nacional do preço do botijão de gás de 13 kg. O Auxílio-gás proporciona suporte financeiro direto, aliviando a carga econômica das famílias e garantindo acesso a um recurso essencial para o cotidiano;
- Farmácia Popular: já o programa Farmácia Popular concede descontos ou gratuidades em medicamentos de uso contínuo e itens de higiene pessoal. Isso contribui significativamente para a promoção da saúde da população, tornando os tratamentos mais acessíveis e, por conseguinte, melhorando a qualidade de vida.
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Desafios e perspectivas para as contas públicas em 2024
Agora que você já entendeu melhor sobre o corte no orçamento de projetos sociais, é importante destacar a motivação e perspectivas para essa decisão.
O orçamento para o próximo ano traz consigo uma ambiciosa meta fiscal, mantendo-se próxima de zero, com um pequeno superávit de R$ 3,5 bilhões, conforme proposto pela equipe econômica do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Esta meta é encarada como ousada pelo mercado financeiro, que prevê um possível déficit de R$ 90 bilhões em 2024.
Para alcançar o objetivo de equilibrar as contas em 2024, o governo busca angariar R$ 168 bilhões em receitas extraordinárias.
Destacando-se, entre outras medidas, o aumento do imposto sobre o óleo diesel, gás de cozinha programado para janeiro e reduzindo, como mencionamos, os recursos para alguns projetos sociais.
No entanto, o orçamento destaca um intervalo de tolerância de R$ 28,8 bilhões, permitindo variações para mais ou para menos em relação à meta estabelecida para as contas públicas. E
sse limite está em conformidade com as diretrizes do arcabouço fiscal, a nova regra aprovada neste ano.
Assim, sob a pressão da ala política do governo, há considerações para uma possível revisão da meta fiscal, incluindo a previsão de um déficit. Essa alteração poderá ser efetuada no início do próximo ano.
Uma mudança na meta, que passaria a incluir um déficit em ano eleitoral, poderia beneficiar o governo ao minimizar bloqueios de gastos necessários para cumprir as promessas feitas.
Isso, por sua vez, contribuiria para reduzir o impacto nos investimentos em infraestrutura, permitindo uma abordagem mais flexível diante das complexidades econômicas.