Tendência de brasileiros manterem smartphones antigos aquece mercado de reposição - Notícias Concursos

Tendência de brasileiros manterem smartphones antigos aquece mercado de reposição

Empresas oferecem serviços e peças de reposição para celulares antigos guardados pelos brasileiros

Um novo levantamento revelou que cerca de 90 milhões de celulares antigos estão ocupando espaço nas casas dos brasileiros e brasileiras atualmente, de acordo com a pesquisa Panorama Mobile Time/Opinion Box – “O brasileiro e seu smartphone”. Em vez de descartá-los, muitas pessoas optam por mantê-los como “celulares reserva”. 

A pesquisa revelou que a prática de manter celulares antigos é predominante entre pessoas com idades entre 30 e 49 anos, com 60% delas mantendo pelo menos um aparelho antigo em casa. Para aqueles com idades entre 16 e 29 anos e para indivíduos com 50 anos ou mais, a taxa é ligeiramente menor, mas ainda considerável, com 56% e 57%, respectivamente.

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Isso gera uma necessidade crescente por peças de reposição, conforme aponta a Nacional Smart, distribuidora de peças para dispositivos Apple. A empresa tem uma linha de peças autenticadas iMonster, que trazem nova vida aos iPhones antigos. 

Desde câmeras, baterias, displays, telas e carcaças até alto-falantes, entre outras, a empresa se compromete com a qualidade e durabilidade de suas peças, a baterias por exemplo, todas com o selo da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), que regula a autenticidade desses dispositivos. 

Essas peças de reposição não apenas permitem que os usuários prolonguem a vida útil de seus aparelhos, mas também contribuem para a redução do desperdício eletrônico, promovendo práticas mais sustentáveis. A Nacional Smart defende que essa é uma alternativa econômica e sustentável para manter iPhones antigos em funcionamento. 

Cenário em alta 

A expectativa é que o mercado de smartphones usados dobre de tamanho até ano que vem. Segundo a consultoria IDC, a venda de smartphones usados representava 7,2% do total em 2020 e deve saltar para 16% de todas as unidades até 2024. Somente o mercado informal, que não contempla o processo de renovação, cresceu 10% no último ano. 

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iPhone de botão ainda pode ter mais lenha para queimar Foto: Pixabay

Isso acontece porque adquirir um smartphone novo e de ponta é um investimento elevado para a maioria dos brasileiros. Além disso, o cenário econômico não é vantajoso após sucessivos aumentos de preços com a inflação e redução do poder de compra. 

Dessa forma, modelos de serviços como o da startup Leapfone têm mais chance de decolar. A empresa oferece smartphones usados “como novos” através de um plano de assinatura que entrega dispositivos já utilizados anteriormente, mas que passam por um processo de recertificação. Trata-se de um plano bem mais em conta do que a assinatura de aparelhos novos e recém-lançados ao mercado. 

Os aparelhos utilizados pela Leapfone são comprados pela empresa e passam por uma triagem para identificar a parte funcional. A partir daí, são desmontados para avaliações estéticas. Se precisar, o aparelho recebe as novas peças e é montado conforme os padrões de fábrica. 

A garantia também segue o padrão de fábrica, com um ano de duração. Já a vida útil do aparelho recertificado é estendida, tornando-se igual a um modelo recém-lançado. Na maioria das vezes, pode chegar a quatro anos de usabilidade. 

Crise econômica trouxe oportunidade de mercado 

De acordo levantamento, realizado pela Counterpoint, empresa global de análise da indústria com sede na Ásia, em 2021, o mercado de smartphones de segunda mão registrou expansão de 15% em comparação a 2020, enquanto a venda de aparelhos novos cresceu apenas 7%. 

Isso aconteceu devido aos problemas que a cadeia de produção do mercado de smartphones enfrenta. Houve uma crise duradoura de falta de chips para a produção de eletrônicos, que ainda impacta diretamente os fabricantes de smartphones – hoje, menos que em 2021. 

Junto com os problemas logísticos trazidos com a crise da covid-19, o mercado de smartphones teve preço inflacionados que fizeram consumidores correrem para o mercado de usados. 

A própria Samsung, fabricante com maior participação no mercado mundial smartphones, tem um programa desenvolvido que permite aos consumidores consertarem seus gadgets em casa. A novidade faz parte da iniciativa de preservação do meio ambiente desenvolvida pela sul-coreana. De acordo com o Business Korea, o programa de autorreparo deve ser expandido e começará a fornecer peças recicladas para baratear os custos de conserto de smartphones Galaxy.

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