Surpresa total, Bolsonaro interfere no Bolsa Família de Lula e choca brasileiros

Mesmo após suspensão do consignado, usuários seguiram tendo descontos no Bolsa Família neste mês de janeiro

Logo depois de tomar posse como nova presidente da Caixa Econômica Federal, Rita Serrano deu o seu primeiro recado aos repórteres: “Estamos suspendendo o consignado do Bolsa Família”. A declaração repercutiu, e alguns usuários acabaram confundindo o teor da fala e o real sentido da mesma.

O fato de o consignado do Bolsa Família ter sido suspenso na Caixa Econômica Federal não significa que o sistema simplesmente acabou. As pessoas que já solicitaram este crédito no governo Bolsonaro e já receberam o dinheiro de uma instituição financeira ainda precisam arcar com o contrato e seguir recebendo o benefício com abatimentos.

Para este mês de janeiro, os repasses do Bolsa Família seguem turbinados. Com a aprovação da PEC da Transição no final do ano passado, o governo Lula ganhou o direito de manter a forma de pagamentos mínimos na casa dos R$ 600 por família. Contudo, esta indicação não vale para os cidadãos que solicitaram o consignado.

Segundo as regras gerais do sistema, o abatimento do consignado precisa ser de até 40% do valor base do Auxílio Brasil: R$ 400. De todo modo, o cidadão vai seguir recebendo menos até que consiga quitar a dívida por completo, e isso não muda mesmo que a Caixa ou qualquer outro banco decida suspender o sistema.

Em declaração para jornalistas, a presidente da Caixa disse que não há como simplesmente perdoar as dívidas das pessoas que solicitaram o consignado. A avaliação é de que este perdão poderia gerar um grande prejuízo ao banco. Todas as outras 11 instituições homologadas para operar esta linha também pensam desta forma.

R$ 8 bilhões em dívidas

Em entrevista na última semana, o Ministro do Desenvolvimento Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias (PT) revelou que as dívidas do consignado já chegam em R$ 8 bilhões. Até aqui, o Governo não decidiu o que fazer com estes endividados.

Nas últimas semanas, membros do Ministério chegaram a dizer que estes cidadãos poderiam entrar no programa Desenrola. Contudo, o fato é que este projeto ainda não está pronto e nem tem data para sair do papel.

A preocupação maior está na situação dos cidadãos que deverão perder o direito de receber o Bolsa Família este ano. Mesmo após a saída do programa, eles precisam seguir pagando a dívida, agora com o dinheiro do próprio bolso.

Os descontos do Bolsa Família

Quem não solicitou nenhum crédito do consignado do Auxílio Brasil no ano passado, não precisa se preocupar com descontos este ano. Para este grupo, o recebimento mínimo neste mês de janeiro deve ser de R$ 600 por família.

Caso este indivíduo perceba que há um desconto indevido em sua conta, é necessário entrar em contato com o Ministério do Desenvolvimento Social. A pasta poderá verificar se algum banco fez um desconto indevido em sua conta.

Em último caso, o indivíduo pode se dirigir presencialmente até uma agência da Caixa Econômica Federal. A ideia é conversar com um atendente e pedir para que ele faça uma varredura em seus documentos para encontrar a parte do dinheiro que não foi depositada.

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