O salário dos brasileiros, em média, por mês, cresceu 7,1% ano passado se comparado com 2021. O valor recebido alcançou mais do que duas vezes o salário-mínimo, segundo informações do IBGE na Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua).
O resultado, obviamente, considera o piso de 2022, que era de R$ 1.212,00. O cálculo da média do salário dos brasileiros, como você verá na matéria desta segunda-feira (23) do Notícias Concursos, considera os rendimentos habituais. Isso significa o valor que empregados, autônomos e empregadores recebem por mês, sem descontos ou acréscimos.
Qual foi o salário dos brasileiros, em média, em 2022?
Durante o ano, essa média chegou a alcançar R$ 2.787,00 contra os R$ 2.601,00 de 2021. Entre os cidadãos que mais ganharam nos 12 últimos meses, estão aqueles que são autônomos, com a média de aumento de 10,7%.
Ressaltando que o apontamento do Dieese no último estudo, foi de que o valor de R$ 6 mil acima é que deveria ser o piso nacional nos dias de hoje. Isso garantiria o básico da comodidade e subsistência das famílias.
O menor reajuste ficou para os trabalhadores assalariados, que já têm o rendimento baixo. Nesse caso, o percentual foi de 5,3%. Quem trabalha como doméstico teve a média de aumento de 6,6% entre os meses de novembro/2021 até novembro/2022.
A Pnad Contínua objetiva acompanhar flutuações trimestrais, bem como a evolução em curto, médio e também longo prazos. Além disso, conta com a força de trabalho, tal como outras informações que são necessárias para estudos de como anda o desenvolvimento socioeconômico do Brasil.
A pesquisa aponta resultados mensais, trimestrais, anuais, e outros durante o ano. Os indicadores do salário dos brasileiros liberados por mês, usam as informações dos três últimos meses consecutivos à pesquisa.
Aumento da renda dos trabalhadores
O reajuste salarial vinculado à inflação garante aos trabalhadores que não haja perda do seu poder aquisitivo. Na verdade, o consumo das famílias é um dos grandes motores da economia brasileira, e o governo federal tenta manter esse motor funcionando, ao menos da mesma maneira que funcionava no ano anterior, promovendo os reajustes do salário mínimo.
Contudo, o governo também pode dar um aumento real ao piso salarial nacional, acima da inflação. Neste caso, o cidadão terá uma renda mais elevada e, teoricamente, poderá adquirir mais itens que no ano anterior, uma vez que seu salário terá subido mais do que os preços dos bens e serviços no país.
Em suma, o termo inflação se refere justamente ao aumento contínuo e generalizado dos preços de bens e serviços. Quanto mais alta essa taxa estiver, mais difícil fica para a população manter os mesmos hábitos de consumo. E o resultado disso é um crescimento econômico mais fraco.
Em outras palavras, um reajuste mais expressivo do salário mínimo tende a ajudar milhões de famílias do país a aumentarem os seus hábitos de consumo. Por outro lado, os reajustes no piso nacional também afetam os valores dos benefícios do INSS, como pensões e aposentadorias, por exemplo, gerando ainda mais gastos para o governo.
Por isso que há tantos cálculos para definir qual o reajuste mais adequado em cada ano de governo. Ao trabalhador do país, resta aguardar por uma decisão, que só sairá em maio.