O Instituto Choque Cultural lidera o projeto Escola Criativa nesta pandemia visando revitalizar os espaços em escolas públicas da cidade de São Paulo.
Em meio às aulas remotas por conta da necessidade de distanciamento social, as instituições de ensino permaneceram fechadas por sete meses. Em outubro, entretanto, a prefeitura autorizou a reabertura par atividades extracurriculares, porém, a adesão é baixa.
Nesse sentido, o grupo, que promove intervenções artísticas em escolas há dez anos, apostou na arte urbana brasileira para movimentar quatro escolas da capital paulista. De acordo com os responsáveis pelo projeto, o intuito é preparar o ambiente para quando os estudantes retornarem de fato às aulas presenciais.
Saraus virtuais
Para que essas intervenções artísticas possam ser conferidas pela comunidade escolar de modo geral, serão apresentadas por meio de saraus virtuais. A saber, elas ocorrem nos próximos dias 1, 2 e 3 de dezembro.
Poderão participar, além dos artistas componentes do projeto, alunos, familiares e professores, apresentando trabalhos realizados durante o ano letivo de 2020 remotamente. Por exemplo: textos, poemas, peças de teatro, apresentações musicais, desenhos, etc.
“O espaço físico e humano da escola, tal como organizado hoje, espelha a vida cotidiana da cidade”, falou a educadora Raquel Ribeiro, uma das organizadoras do projeto, ao lado de Baixo Ribeiro e Mariana Martins, da galeria Choque Cultural.
“Assim como desejamos espaços públicos mais amigáveis ao convívio na cidade, se pensarmos a escola como um microcosmo da cidade, veremos que ela também tem seus espaços coletivos como o pátio, a quadra, os corredores, entre outros que podem ter novos significados”, acrescentou Raquel.
Histórico do projeto nas escolas
O projeto Escola Criativa, a saber, já beneficiou 40 escolas durante seus anos de atuação. Nessas ações, cerca de 275 professores e milhares de crianças e jovens se beneficiaram.
Nesta edição mais recente do projeto, as intervenções artísticas têm assinaturas do TEC, Presto, Celso Gitahy e Coletivo Cicloartivo. Tratam-se de pinturas inéditas de cunho pedagógico especificamente elaboradas para renovar o ambiente escolar para um melhor acolhimento dos estudantes.
Por conta da pandemia, o objetivo do projeto em 2020 passou a se direcionar para o estreitamento das relações entre educadores, alunos e suas famílias. Nas edições anteriores, as intervenções aconteceram durante mutirões, envolvendo a comunidade.
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