SP não atinge meta e escolas não devem ser reabertas na data prevista

Situação no Estado foi discutida por João Gabbardo, coordenador executivo do Centro de Contingência do combate ao coronavírus no Estado

A reabertura das escolas em SP dependia do cumprimento das metas estabelecidas pelo Plano São Paulo. No entanto, nesta sexta-feira, 24, foi divulgado que não foram alcançados os números esperados, afetando o retorno das aulas.

Em entrevista à GloboNews, João Gabbardo, coordenador executivo do Centro de Contingência do combate ao coronavírus no Estado, que “não vai ser possível” reabrir as escolas do estado na data que estava prevista, dia 8 de setembro.

De acordo com o governador João Dória e secretários, para viabilizar o retorno das aulas presenciais, todas as regiões do estado deveriam ter permanecido por pelo menos 28 dias na fase 3 (amarela) do denominado Plano São Paulo. Isso não ocorreu, por isso a situação deve entrar em uma nova fase de estudos.

Tema da educação em “discussão”

Durante sua entrevista à GloboNews, Gabbardo assumiu que a reabertura das escolas ainda é algo que deve demandar debate antes de uma decisão final.

“Concordo que essa previsão inicial de abertura [das escolas] não vai ser possível de ser realizada. As regiões não vão cumprir com o pedido de estar na fase 3, amarela. Isso não vai ser possível. A decisão de não haver regionalização [da reabertura das escolas] é muito mais por uma demanda da própria Secretaria da Educação. Também seria possível que as escolas municipais iniciassem nas regiões que estão amarelas há mais tempo, mas esse tema da educação ainda está em discussão”, disse ele.

Gabbardo também trouxe à tona que a volta às aulas incorre em outras ocorrências nas cidades e não somente a reabertura das escolas em si.

“Tem muitos trabalhos mostrando que o retorno às aulas não é significativo para o retorno da doença, mas nós temos que pensar o que envolve o retorno às aulas. É mais gente no transporte público, é a mobilização de professores, de pessoas que trabalham nas escolas, não depende exatamente só dos alunos. Esse é o problema. Mas não existe nada definitivo”, ponderou o coordenador.

Até então, não houve pronunciamento oficial sobre possíveis novas datas de retorno das aulas na cidade e no Estado de São Paulo. As escolas estão fechadas desde março, quando iniciou a quarentena decretada pelo governo.

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