Uma parceria entre as Secretarias de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência e Educação e o governo do Estado de São Paulo resultou na capacitação de milhares de educadores em Libras (Língua Brasileira de Sinais).
O curso EAD (ensino a distância) qualificou mais de 4 mil profissionais da rede de ensino estadual e municipal.
De acordo com a Escola de Formação e Aperfeiçoamento dos Profissionais da Educação (EFAPE), que gerenciou o curso, o principal intuito era melhorar a comunicação entre professores e a comunidade surda.
Segundo muitos especialistas, para que haja a inclusão, de fato, deve-se haver uma expansão do conhecimento dos ouvintes acerca da língua oficial dos surdos. Esse aprendizado conseguiria ter efeito profundo na quebra de barreiras na interação. Ou seja, promoveria a educação inclusiva.
Libras para melhorar a educação
De acordo com o professor de matemática, Roberto Canossa, que ensina alunos do ensino médio, a certificação no curso de Libras proporcionou seu crescimento profissional. Além disso, facilitará a inclusão dos estudantes. “Foi além das expectativas, o professor conseguiu nos fazer pensar em Libras. Adentramos a cultura dos surdos e isso foi enriquecedor e muito importante para a compreensão da língua”, declarou.
Para ele, a comunicação com os alunos com deficiência auditiva ajudará muito, sobretudo na hora de ensiná-los. “Ter professores com o mínimo grau de Libras já faz com que o aluno surdo se sinta pertencente à unidade escolar. A meta dos professores é atingir todos os alunos com os conteúdos, então o curso passa a ser um suporte para isso”, avaliou Canossa.
Segundo o professor, o curso gerou curiosidade em saber mais sobre a sua área em Libras. “comecei a fazer estudos sobre como ensinar matemática para alunos surdos, estou me envolvendo muito com o tema. O curso me fez procurar métodos diferenciados e mais informações”, concluiu.
O Estado de São Paulo, de acordo com a Base de Dados da Pessoa com Deficiência, conta com mais de 3 milhões de pessoas com deficiência. E cerca de 14,49% são pessoas com deficiência auditiva.
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