A sanção do projeto de lei na Alesp (Assembleia Legislativa de São Paulo) de autoria do deputado Tenente Coimbra (PSL) pode significar o início da aplicação das escolas cívico-militares na rede estadual de ensino.
“Já teríamos a fase de implementação em 2021 oito escolas em oito municípios diferentes do nosso Estado. Mas a ideia é ampliar cada vez mais o projeto, que é novo em São Paulo mas já existe a mais de 20 anos em nível Brasil”, ressalta o parlamentar.
De acordo com Coimbra, o nível das escolas desse modelo são mais altos e por isso podem chamar a atenção de quem visa um ambiente diferenciado de estudo para seus filhos.
“Tenho certeza que trará uma oportunidade para os que desejam estudar em um ambiente com mais disciplina, onde o professor seja extremamente respeitado. E os indicies das escolas cívico-militares falam por si só. Onde ela é implementada, aumenta 20% a nota do Ideb”, coloca.
Segundo o projeto de lei, a Secretaria Estadual da Educação poderá escolher unidades escolares para se transformarem no modelo cívico-militar considerado todos os critérios de prioridade. Por exemplo: como área de vulnerabilidade social, desempenho abaixo da média e ofertas das etapas finais do Ensino Fundamental e Médio.
Exigências das escolas militares
As escola cívico-militares se encontram no plano de governo de Jair Bolsonaro desde a sua campanha eleitoral. De acordo com o atual presidente do Brasil, essas instituições garantem a melhoria do ensino público no país.
A saber, caso sejam implementadas, as novas instituições militares contam em seu escopo uma série de regras acerca tanto do comportamento quanto das roupas utilizadas pelos estudantes.
Já até existe um manual elaborado pelo Ministério da Educação (MEC) a respeito do tipo de roupa e corte de cabelo que devem ser adotados pelas crianças e adolescentes que estudarão nessas escolas.
O cabelo dos meninos, por exemplo, deve ter o corte que mantenham “nítidos os contornos junto às orelhas e o pescoço”. Também não pode ter tintura nos cabelos e nem usar adereços.
Somente durante as atividades físicas das escolas militares será permitido o uso de bermudas. Nas demais aulas, deve-se usar o uniforme completo com calça, camisa, cinto e sapato.
Já no caso das meninas, o manual frisa que o cabelo precisa estar “cuidadosamente arrumado” para que a boina seja usada corretamente. Sempre devem ser usados presos, penteados e bem apresentados, segundo o documento. Quanto ao uniforme, será saia-calça, camisa com ombreira e sapato social.
A estimativa é que aproximadamente 54 colégios de ensino fundamental e médio devem adotar o programa no Brasil inteiro ainda em 2020.
E então, o que acha de São Paulo investir nas escolas cívico-militares? Deixe a sua opinião!
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