Visando atuar na prevenção da saúde mental de educadores e estudantes no período da pandemia de Covid-19, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB) anunciou a contratação de mil psicólogos.
Esses profissionais, de acordo com Doria, fazem parte do programa Psicólogos da Educação. O objetivo gira em torno de ajudar no equilíbrio emocional de alunos, professores e servidores da rede estadual de ensino.
“É o maior número de psicólogos contratados por um governo estadual ou federal em qualquer tempo. Uma licitação foi feita e conduzida pela Secretaria de Educação para estes psicólogos atenderem 3,5 milhões de estudantes e 250 mil professores e servidores do estado de São Paulo”, afirmou o governador durante entrevista coletiva no Palácio dos Bandeirantes.
A medida se embasa nas recentes pesquisas que demonstram transtornos psicológicos sofridos por estudantes e professores em decorrência da pandemia.
“Pesquisas de opinião demonstram que 75% dos alunos e 50% dos professores tiveram alterações emocionais causadas pela pandemia”, explanou João Doria. De acordo com ele, os atendimentos psicológicos se darão inicialmente à distância.
A saber, as aulas presenciais seguem suspensas em todo o Estado desde março. O atual plano conta com a reabertura das escolas no próximo dia 8 de setembro, mas apenas para atividades de reforço.
Escolas mediam os atendimentos de psicólogos
João Doria explicou que “os atendimentos serão feitos inicialmente por videoconferência, remotamente, como determina o Centro de Contingência (da covid-19)”. De acordo com ele, essa demanda já existia, no entanto, diante a situação atual se tornou urgente.
O secretário de Educação de São Paulo, Rossieli Soares, explicou que as escolas farão o planejamento de como ocorrerão os atendimentos dos profissionais.
“A escola faz o planejamento do uso do psicólogo. Se uma escola tiver uma necessidade específica (pode apontar), mas em geral parte do próprio planejamento”, disse o secretário.
“Uma escola pequena, que vai ter cinco horas semanais de atendimento, pode ser usada para formação, orientação, para melhoria do próprio planejamento, e para um caso pontual”, preponderou Rossieli.
Além disso, o secretário orientou pais a procurarem a escola para se utilizarem do programa caso identifiquem algum provável caso de abuso dos seus filhos.
“Se identificou alguma coisa de um abuso, o psicólogo pode ajudar? A própria escola dirá. Se o pai sentir necessidade, ele logicamente já procura a escola”, disse o secretário estadual.