A síndrome do estresse político é um termo utilizado como referência à situação atual em que diversas sociedades estão inseridas. Embora não seja um termo presente nos manuais diagnósticos clínicos, psicólogos e profissionais da saúde mental estão cada vez mais inclinados a pensar sobre o assunto. Afinal, não é de hoje que as questões políticas têm feito parte da vida cotidiana de praticamente todas as pessoas.
Dessa forma, discutir questões relacionadas à política e seu envolvimento com a saúde mental deixou de ser algo meramente superficial. Atualmente, tudo que acontece em nossa sociedade tem feito com que o estresse e a ansiedade se tornassem ainda mais emergentes.
Por conta disso, o termo “síndrome do estresse político” vem sendo cada vez mais utilizado e, quem sabe, em breve o encontremos no novo DSM – Manual Diagnóstico e Estatístico dos Transtornos Mentais. Para saber mais sobre o tema e refletir com a gente, continue lendo este conteúdo.
O que é a síndrome do estresse político?
A síndrome do estresse político pode ser entendia pelas sensações e emoções de apatia, tristeza, rancor, raiva e até mesmo decepção, que muitos políticos têm provocado em seus eleitores e na sociedade de forma geral.
Apesar de não ser uma síndrome catalogada nos manuais diagnósticos, podemos elencar alguns pontos anatômicos desse fenômeno, a fim de compreender quais são os efeitos provocados pelo problema. São eles:
- Sentimento de desamparo, por conta de a classe política demonstrar cada vez menos interesse em ajudar a sociedade e as pessoas.
- Sensação de injustiça, onde as medidas tomadas pelos políticos parecem sempre favores os mais ricos e menosprezar os mais pobres.
- Sentimento de raiva ou tristeza profunda ao se deparar com as notícias relacionadas à corrupção, roubos, etc.
- Sensação de perda de controle e falta de esperanças diante das situações políticas nas quais a nossa sociedade se insere.
- Aversão à qualquer pessoa que esteja inserida no meio político, independentemente da sua função social.
- Desprezo e desinteresse por notícias ou conteúdos políticos, causado por conta da “intoxicação informacional”, onde todas as notícias são negativas e pejorativas, apresentando uma realidade dura demais para ser vivida.
Como lidar com essa situação?
Lidar com os sentimentos negativos atrelados à síndrome do estresse político não é algo fácil. Saber filtrar quais informações chegam em nossas casas e como iremos lidar com elas é um bom começo.
Como trouxemos há pouco, a intoxicação de informações negativas faz com que as pessoas estejam cada vez mais se “isolando” do meio político. Todos esses erros têm nos feito acreditar que a política é assim mesmo e que não há nada que possa ser feito.
Porém, é importante que lutemos exatamente da forma contrária. É claro que não precisamos ser ativistas fervorosos e sair às ruas todos os dias. Mas não devemos permitir que situações inconcebíveis ainda pairem sobre nós.
Por isso, manter o acesso à informação de qualidade é o primeiro passo. Fuja das fake news e procure manter uma rotina de leitura mais adequada ao seu bem-estar, isto é, não consuma informações negativas a todo momento.
Da mesma forma, tente encontrar notícias e matérias que também tragam boas novas. Isso tende a manter a nossa saúde mental mais equilibrada.
Por fim, não aceite os problemas sociais como algo “impossível de mudar”. O poder está nas mãos do povo e, quanto mais estudarmos as viabilidades e os caminhos, mais conscientes iremos para as urnas. Calar-se não é a melhor solução, assim como a explosão de notícias ruins também não.
Precisamos encontrar um equilíbrio entre a necessidade de nos mantermos informados e o desejo de mudança. Tudo isso sem sobrecarregar nenhum lado e sempre buscando o desenvolvimento saudável da sociedade.
Além disso, lembre-se de que você pode até se sentir impotente, mas considere que cada pessoa que pensa diferente, é uma a mais que busca uma sociedade melhor.
Lembre-se: depende de nós!