Sindicatos criticam ritmo da vacinação de professores em São Paulo
Sindicatos que representam professores de São Paulo estão criticando o ritmo da vacinação contra a Covid-19 para professores do estado. O Governo do estado começou o processo de imunização dos seus profissionais de educação há alguns dias.
Uma das principais reclamações dos sindicatos é em relação ao sistema de liberação das vacinas. Acontece que o Governo do estado decidiu distribuir as doses por faixa etária. Isso quer dizer portanto que os professores mais velhos recebem as doses primeiro. Ao mesmo passo, os mais jovens recebem a vacina depois.
Esses profissionais afirmam que essa regra seria injusta. Isso porque, ainda segundo eles, todos os professores possuem as mesmas chances de contrair o vírus na sala de aula. Por isso, eles estão pedindo para que o Governo libere a vacinação para todos independente da idade.
“Somos basicamente 30% dos profissionais com idade acima de 47 (na rede particular) e quem está nessa faixa etária são mais coordenadores e diretores, ou seja, pessoas que não têm vínculo tão direto com as crianças” disse o Presidente do Sindicato dos Professores de São Paulo, Luiz Antonio Barbagli.
Outro ponto que incomoda esses profissionais é a liberação de professores que tomaram a primeira dose da vacina para o trabalho. Os professores estão pedindo para que o Governo só libere esses profissionais para as salas de aula quando eles tomarem as duas doses, seja da Coronavac, ou da Astrazeneca.
O que diz o Governo do Estado
De acordo com informações da Secretaria Estadual de Saúde do Estado, o Governo entende a preocupação dos professores. No entanto, eles pedem calma neste momento da pandemia. É que há uma certa falta de doses de vacinas nestes momento. Segundo eles, é por isso que o processo está lento.
Além disso, eles disseram que cerca de 320 mil profissionais da educação tomaram pelo menos a primeira dose no estado. Os números mostram portanto que o processo de vacinação desses trabalhadores está andando, mesmo que não seja em uma velocidade ideal.
Os professores querem que o processo ande mais rápido porque não querem voltar ao trabalho sem esse nível de proteção. O Brasil está passando agora pelo seu pior momento nesta pandemia do coronavírus. Até aqui, mais de 414 mil pessoas morreram em decorrência do vírus.
Vacina para trabalhadores
A vacinação dos professores não é uma questão polêmica apenas no estado de São Paulo. Várias unidades da federação estão fazendo essa mesma discussão. Em alguns locais, como no Maranhão, a vacinação para profissionais da educação com menos de 30 anos começou há algum tempo.
Além dos professores, outros profissionais também querem uma prioridade nesse processo de vacinação. É o caso, por exemplo, dos motoristas e cobradores de ônibus. Atendentes da Caixa Econômica fizeram até greves para pedir pela vacina para a categoria.
O Governo Federal, aliás, vem reconhecendo que há sim uma falta de vacinas neste momento. No entanto, o Ministério da Saúde vem prometendo que a vacinação vai acelerar nos próximos meses. O objetivo é, portanto, vacinar toda a população até o final deste ano de 2021.