A Check Point Research (CPR), divisão de Inteligência em Ameaças da Check Point Software Technologies, fornecedora de soluções de cibersegurança, trouxe dados atualizados sobre as tendências de ataques cibernéticos referentes ao segundo trimestre de 2023. No período de abril a junho deste ano, foi registrado um aumento de 8% nos ataques cibernéticos semanais globais, com as organizações enfrentando uma média de 1.258 ataques por semana.
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O setor de Educação/Pesquisa seguiu com o maior número de ataques por semana, com média de 2.179 ataques por organização. O lado positivo é que isso representa uma queda de 6% em relação ao segundo trimestre de 2022.
Já o setor Governo/Militar foi o segundo mais visado com uma média de 1.772 ataques por semana, indicando um aumento de 9% em relação ao ano anterior. O setor de Saúde segue em terceiro e de perto com uma média de 1.744 ataques por semana, refletindo um aumento significativo de 30% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Já sobre ransomware, durante o segundo trimestre de 2023, aproximadamente uma em cada 44 organizações em todo o mundo sofreu um sequestro de dados semanalmente. Isso representa um decréscimo de 9% em relação ao mesmo período de 2022, quando uma em cada 40 organizações sofreu tais ataques.
Nestes casos, o setor Governo/Militar sofreu o maior número de ataques de ransomware, com uma média de uma em cada 25 organizações impactada semanalmente, marcando uma ligeira queda de 4% em comparação com o ano anterior.
O setor de Saúde foi o segundo mais afetado, com uma em cada 27 organizações sofrendo ataques desse tipo, representando um aumento de 16% em relação ao ano anterior. O setor de Educação/Pesquisa seguiu logo atrás, com uma em cada 31 organizações afetada por ransomware, indicando uma queda de 2% em relação ao mesmo período no ano passado.
Problemas globais
Os pesquisadores da CPR dizem que o impacto da guerra entre Rússia e Ucrânia no cenário cibernético foi reduzido nos últimos meses, o que permitiu que as ameaças voltassem a um estado de “normalidade”. Esse novo normal é caracterizado por um aumento nos ataques cibernéticos, pois este relatório da CPR revela o uso de novas táticas evasivas, ataques frequentes baseados em hacktivismo e uma enxurrada diária de ransomware direcionado a várias organizações.
Apesar disso, a persistência dessas ameaças destaca a necessidade contínua de maior vigilância e medidas robustas de cibersegurança para neutralizar a natureza implacável e evolutiva dos ataques cibernéticos.
Outro destaque é que, nos últimos meses, os pesquisadores da Check Point Software relataram a descoberta de um APT (Ameaça Persistente Avançada) baseado na China que visava entidades governamentais, um malware oculto que foi detectado por trás de aplicativos de aparência legítima.
Eles também descobriram uma nova versão da espionagem chinesa que foi propagada por dispositivos USB e detecção de implantes de firmware maliciosos descobertos em roteadores de Internet. Além disso, os cibercriminosos aproveitaram a mais recente revolução da inteligência artificial e plataformas de bate-papo generativas baseadas em inteligência artificial (IA), como o ChatGPT4.
Ataques gerais por região
Durante o segundo trimestre de 2023, a média global de ataques semanais aumentou 8% em comparação com o período correspondente em 2022, com cada organização enfrentando uma média de 1.258 ataques por semana – o número mais alto observado pela equipe da Check Point Research nos últimos dois anos.
Em relação às estatísticas de ataques gerais sobre o Brasil, o levantamento da equipe da CPR apontou um aumento no índice de 7%, com as organizações no país tendo sido atacadas 1.645 vezes semanalmente, em comparação ao mesmo período de 2022.
No segundo trimestre de 2023, a região da África teve o maior número médio de ataques cibernéticos semanais por organização, registrando 2.164 ataques, indicando um significante aumento de 23% em comparação com o segundo trimestre de 2022.
A região da Ásia-Pacífico (APAC) também experimentou um aumento substancial de 22% ano a ano na média de ataques semanais por organização, atingindo uma média de 2.046 ataques por organização. A América Latina teve uma média de 1.745 ataques semanais por organização, registrando crescimento de 9%.