O Setembro Amarelo é uma campanha criada com o objetivo de informar e conscientizar as pessoas sobre o suicídio e a depressão, visando prevenir e reduzir o número de casos que aumenta exponencialmente a cada ano.
Só no Brasil, são registrados cerca de 12 mil suicídios todos os anos, sendo 75% destes indivíduos de baixa e média renda. De acordo com a OMS, o suicídio já é a segunda principal causa de morte entre jovens com idades entre 15 e 29 anos. Além disso, todos os dias pelo menos 32 brasileiros tiram suas próprias vidas.
Sendo assim, desde 2014, a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), em parceria com o Conselho Federal de Medicina (CFM), organiza nacionalmente o Setembro Amarelo, no dia 10 deste mês.
Confira abaixo uma pequena lista com alguns livros ficcionais que falam sobre depressão e suicídio, das obras clássicas às recentes.
Os Sofrimentos do Jovem Werther (1774), de Goethe
Escrito em 1774, foi uma das obras que mais influenciaram os jovens do período. Werther é uma figura da alta aristocracia romana que guarda uma paixão profunda e tempestuosa por Charlotte von Stein. Por meio de cartas que regularmente escreve ao amigo Wilhelm, ele narra de forma confessional e intimista o amor que nutre por Charlotte, mas conta que não pode tê-la, pois a moça já está prometida em casamento a outro homem.
Mrs, Dalloway (1925), de Virgínia Woolf
“Mrs. Dalloway” é um misto de romance psicológico com ensaio filosófico. Assim, narra um único dia da vida da famosa protagonista Clarissa Dalloway, que percorre as ruas da Londres dos anos 1920 cuidando dos preparativos para a festa que realizará no mesmo dia, à noite.
Depois do Azul (2017), de Élaine Turgeon
Na véspera de seu aniversário de 15, a jovem Geneviève tira a própria vida na piscina da escola. Ela era uma garota talentosa, hábil nas palavras, nas artes e nos esportes. Todos a viam como um exemplo, por isso sua morte é uma surpresa
Crocodilo (2019), de Javier Arancibia Contreras
“Hoje, meu filho Pedro pulou da janela do seu apartamento.” Assim começa o romance de Javier A. Contreras, um relato sobre o suicídio e a angústia dos que permanecem. Ao contar a história dos sete dias que se seguem à morte de Pedro, o autor embarca em uma narrativa que aborda temas como a relação pai e filho, o caos do mundo moderno e as expectativas que nutrimos e frustramos no decorrer da vida.
Afluentes do Rio Silencioso (2010), de John Wray
Por fim, o último livro narra um dia decisivo na vida de um jovem de 16 anos que sofre de esquizofrenia. Acometido de um delírio, ele foge da clínica psiquiátrica onde está internado e vaga sozinho pelo sistema de metrô de Nova York. No entanto, sem que ele possa imaginar, sua mãe superprotetora contrata um policial especializado em casos de resolução difícil e ambos saem a sua procura.
Os livros indicados são apenas para reflexão, então, caso precise de ajuda, procure auxílio médico e entre em contato com o Centro de Valorização da Vida (CVV) pelo número 188.
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