Cerca de 35 servidores do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) pediram demissão na última segunda-feira, dia 8 de novembro. De acordo com documento apresentado por eles, o motivo seria a “fragilidade técnica e administrativa” da gestão, além de episódios de assédio moral.
O presidente do Inep, Danilo Dupas, foi convocado a prestar explicações na Câmara dos Deputados na última quarta-feira, dia 10 de novembro.
No entanto, aos deputados, Dupas se limitou a afirmar que o pedido de demissão conjunta é ‘uma questão interna’. Ao ser questionado sobre as alegações de assédio moral, Dupas negou as acusações. “Não compactuamos e repudiamos qualquer ato que se enquadre como assédio moral”, disse ele.
Assinep irá apresentar relatos ao Congresso
Em assembleia realizada nesta quinta-feira (11), os servidores do Inep decidiram apresentar as acusações de assédio moral contra Dupas ao Congresso Nacional. Desse modo, a Associação dos Servidores do Inep (Assinep) deve levar ao Congresso documento de denúncia com os relatos de assédio moral e institucional durante a atual gestão.
A Assinep informou por meio de nota pública que irá participar de reunião com o presidente do Inep para discutir os problemas.
A demissão e as alegações dos servidores indicaram uma crise no Inep, autarquia federal responsável pela realização de diversos exames, como o Enem, o Enade e o Encceja, por exemplo. Desse modo, surgiu a preocupação com a realização do Enem, previsto para os dias 21 e 28 de novembro.
Diante disso, a Comissão Senado do Futuro aprovou a realização de uma audiência pública para investigar esses pedidos de demissão. Danilo Dupas deverá se apresentar também no Congresso para explicar essa questão aos senadores.
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