A Serasa divulgou o resultado dos indicadores econômicos e o número de empresas que decretaram falência é maior do que na pandemia de Covid-19.
Serasa aponta aumento do número de falências das empresas
Desde 2005 a Serasa Experian faz o levantamento dos chamados indicadores econômicos. Os indicadores abrangem vários aspectos, como por exemplo, a busca por crédito junto aos bancos e instituições, inadimplências tanto por parte das empresas quanto por parte dos consumidores, o volume dos pedidos de recuperações judiciais, abertura das empresas e falências, sendo este último o que chamou mais atenção.
Aumento das requisições e decretos de falência
Durante a pandemia de Covid-19 houve um aumento da quantidade de empresas que requisitaram recuperações judiciais ou decretaram falência. Contudo, segundo os dados apurados pela Serasa esse aumento é mais expressivo agora do que durante o período pandêmico.
Resultados dos indicadores econômicos apurados pela Serasa Experian
De acordo com a Serasa, o resultado dos indicadores que apontam a quantidade de decretos de falência foram maiores em agosto de 2022 se comparados ao mesmo período do ano de 2021. Em suma, a variação anual acumulada dos decretos em agosto de 2021 foi de -6,9% e em agosto de 2022 subiu para 9%.
Quais foram os setores mais afetados?
O setor que mais decretou falência, no período de agosto de 2021, foi o setor de serviços com 28 decretos, porém houve uma queda nesse número e em agosto de 2022, 21 empresas decretaram falência. Entretanto, se as falências diminuíram, por outro lado, os pedidos de recuperações judiciais aumentaram, somando 29 em agosto de 2021 contra 39 em agosto de 2022.
O setor de comércio apresentou os seguintes; em agosto de 2021, 13 empresas decretaram falência e em agosto de 2022, a quantidade subiu para 24 decretos. Em relação às requisições de recuperação judicial a quantidade caiu de 48 empresas para 12 empresas.
Indústria
Por fim, o setor de indústria teve um aumento nos decretos de falência de 8 decretos em agosto de 2021, para 13 decretos em agosto de 2022. Em relação aos pedidos de recuperação judicial, no mesmo período foram de 16 requisições para 19 requisições. Ao todo, os números foram 49 decretos de falência para 58 de um ano para o outro, e 111 requisições de recuperação judicial para 74 no mesmo período.
Segundo o Valor Econômico, também houve aumento nos pedidos de crédito e renegociação das dívidas e aumentaram os indicadores de inadimplência, com base nesses dados, especialistas apontam que essas são algumas das consequências econômicas da pandemia de Covid–19 e ressaltam que devido às negociações feitas no início da pandemia, as dívidas foram prorrogadas, estendendo-se até 2023.