Sem dinheiro para Auxílio, Congresso deve aumentar emendas

Sem dinheiro para Auxílio, Congresso deve aumentar ganhos com emendas

De acordo com relatório obtido pela imprensa, só o fundo eleitoral para o Congresso vai subir de R$ 2 para R$ 5 bilhões. Já Auxilio vai chegar ao fim

O Governo Federal bateu o martelo e decidiu que não vai mais prorrogar o Auxílio Emergencial. Esse era um tema que estava causando muita confusão dentro do Palácio do Planalto nas últimas semanas. Diante disso, o Presidente Jair Bolsonaro optou por não seguir com o pagamento do programa que atende cerca de 35 milhões de pessoas atualmente.

Aliás,  argumento usado por Bolsonaro é o de que o Governo Federal não tem mais dinheiro para fazer os pagamentos. “Querem que a gente continue. Continuar até quando? Nós estamos no limite”, disse o Presidente durante uma entrevista para uma rádio do Mato Grosso do Sul ainda nesta segunda-feira (25).

Com essa decisão, cerca de 25 milhões de brasileiros que hoje recebem o Auxílio Emergencial ficarão sem nada a partir do próximo mês de novembro. O próprio Ministério da Cidadania confirma esses números. Todas essas pessoas ficarão sem nada porque não há vaga para todo mundo no novo Bolsa Família, que deve entrar em cena em novembro.

Ao mesmo tempo em que todas essas pessoas ficarão sem renda, o Congresso Nacional vai aumentar os seus gastos públicos. De acordo com um relatório técnico obtido e divulgado pelo jornal Valor Econômico é isso mesmo o que deve acontecer. Os deputados passarão a ganhar mais no ano da eleição.

De acordo com esse relatório, o fundo eleitoral, por exemplo, vai passar de R$ 2 para R$ 5 bilhões. Isso, aliás, já tem até o aval do Governo Federal. Além disso, os parlamentares contarão em 2020 com cerca de R$ 16 bilhões das chamadas emendas do relator. Nas redes sociais, aliás, muita gente disse que esse dinheiro deveria estar indo para os vulneráveis.

Repercussão nas redes

Na internet, essa informação acabou causando uma grande repercussão negativa para o Congresso Nacional e para o Governo Federal também. “Isso porque estão “preocupados” com o povo e o país. Imagina se não estivessem?”, disse um internauta.

“Uma farra enquanto o povão passa fome”, disse outro. “Quem fura teto pode tudo”, disse uma usuária. “Obrigado, Paulo Guedes”, ironizou um terceiro. “Isso é a coisa mais imunda e descarada que existe no Brasil. Esse é o maior ato da imoralidade política”, completou um outro internauta.

No entanto, nenhum membro do Congresso Nacional se pronunciou sobre essas críticas. Vale lembrar que até mesmo alguns políticos de oposição ao Presidente Jair Bolsonaro votaram pelo aumento do fundo eleitoral para 2022.

Auxílio Emergencial

De acordo com informações do Ministério da Cidadania, a atual versão do Auxílio Emergencial está chegando na casa de cerca de 35 milhões de pessoas. São brasileiros com muita dificuldade de conseguir um emprego.

O dinheiro que esses cidadãos estavam recebendo já não era suficiente para comprar uma cesta básica mensal em nenhuma capital que registra seus dados. O maior valor do Auxílio é de R$ 375. O patamar mais baixo de uma cesta básica está em Aracaju, custando R$ 454.

Com o fim do Auxílio Emergencial, grande parte dessas pessoas não sabe o que vai fazer para pagar as suas contas mais básicas. É que não é apenas a cesta básica que está ficando mais cara. Há também aumentos consideráveis no combustível, no gás de cozinha e também na conta de luz neste momento.

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