Diante da difícil resolução do governo federal quanto ao financiamento do Renda Cidadã e do calendário apertado para a aprovação ainda em 2020, há uma maioria de deputados federais que defenderiam a extensão do auxílio emergencial até o início do ano que vem. A conclusão foi feita pela nova rodada de pesquisa feita pela XP Investimentos com parlamentares.
De acordo com a pesquisa, 45% dos deputados federais consultados apoiam que o auxílio emergencial seja prorrogado caso o Renda Cidadã não seja definido a tempo. O percentual é de 53% entre os congressistas de partidos da oposição e fica em 42% entre membros de outras legendas.
Outros 16% concordam com a prorrogação do benefício, no entanto, com alterações do modelo atual. Este grupo concentra 34% dos membros de partidos de oposição do governo do presidente Jair Bolsonaro. Entre as demais bancadas, o grupo equivale a 10% dos deputados consultados.
A pesquisa entrevistou 174 dos 513 deputados federais, entre os dias 14 e 30 de setembro. Ainda, o estudo aponta que 83% dos deputados opositores apoiam que o valor de R$ 300 do auxílio emergencial até dezembro seja aumentado, enquanto 69% dos membros de outros partidos concordam com o novo valor.
Renda Cidadã
Quanto ao financiamento do novo programa, Renda Cidadã, existe uma clara divisão entre os deputados. Para 30%, o programa deve avançar usando recursos de outros benefícios que devem ser encerrados. A alternativa recebe apoio de 16% dos opositores e 35% dos membros de outros partidos.
Para 24% dos consultados, o Renda Brasil deve avançar e a despesa deve ser excluída do teto de gastos. A alternativa é apoiada por 50% dos membros da oposição e por 15% dos parlamentares de outras siglas.
Outros 15% apoiam que o benefício seja custeado por outras fontes de recursos que não outros programas sociais. Já para 8% dos congressistas consultados, o novo programa social não deve ser levado à frente.
Recentemente, foram cogitadas a extinção de programas sociais considerados menos eficientes e uma suspensão temporária do salário mínimo e de benefícios da Previdência Social. No entanto, ambas propostas foram reprovadas pelo presidente Bolsonaro.
O governo apresentou nos últimos dias um plano para limitar o pagamento de precatórios e de uso de parte dos novos recursos do Fundeb para conseguir financiar o novo programa. No entanto, a alternativa foi altamente criticada do mercado financeiro, de parlamentares e do meio jurídico.
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