Secretário diz que, se auxílio for prorrogado, será em ‘escala menor’

Bruno Funchal, secretário do Tesouro Nacional, afirmou que, se o auxílio emergencial for prorrogado mais uma vez, será “em escala muito menor”. A prorrogação é cogitada no caso de uma nova onda da pandemia do novo coronavírus no país.

A declaração foi dada durante audiência pública na comissão mista do Congresso que acompanha as medidas do Executivo de enfrentamento à pandemia. O secretário afirmou ainda que, atualmente, o espaço é “praticamente zero” para a prorrogação do programa.

“Sempre considerando que recurso é muito escasso. Já era escasso antes e agora é praticamente zero de espaço. Aprender e agir, é claro que provavelmente se tiver (prorrogação do auxílio) vai ser algo em escala muito menor”, explicou.

A Instituição Fiscal Independente (IFI) calculou que se o auxílio fosse prorrogado por mais quatro meses, teria um custo de R$ 15,3 bilhões para o governo, considerando a prorrogação para 25 milhões de brasileiros. Atualmente, o auxílio é pago para 67,8 milhões de brasileiros.

Na última segunda-feira (23), o ministro da Economia Paulo Guedes afirmou que, em caso de segunda onda da pandemia, o governo já sabe quem são os beneficiários que “realmente precisam” continuar recebendo o programa. A atual questão entre a equipe econômica do governo é encontrar uma forma de pagar uma possível prorrogação sem furar o teto de gastos.

‘Pergunta para o vírus’, responde Bolsonaro sobre prorrogação do auxílio de R$300

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) admitiu que espera que não seja preciso prorrogar o auxílio emergencial. O presidente disse ainda que torce para que o coronavírus esteja “de partida” do país. A declaração foi dada para um grupo de apoiadores que estava em frente ao Palácio da Alvorada.

Quando foi perguntado sobre uma possível prorrogação do auxílio emergencial, Bolsonaro não descartou totalmente a possibilidade, embora admita que torça para que isso não aconteça.

“Pergunta para o vírus. A gente se prepara para tudo, mas tem que esperar certas coisas acontecerem. Esperamos que não seja necessário porque é sinal de que a economia vai pegar e não teremos novos confinamentos no Brasil”, respondeu Bolsonaro para um apoiador.

“Desde o começo, eu nunca fui a favor do confinamento. Sempre defendi a ideia do isolamento vertical, mas, infelizmente, a decisão coube aos governadores e prefeitos”, continuou Bolsonaro.

O auxílio emergencial foi criado para pagar três parcelas de R$ 600. Posteriormente, foi prorrogado para mais duas parcelas de R$ 600. Mais recentemente, o governo prorrogou o programa para mais quatro parcelas de R$ 300, mas nem todos os beneficiários têm direito a todas elas.

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