É certo que quanto maior o percentual inflacionário mais elevado será o valor do salário mínimo. Isso porque, o piso nacional é corrigido segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que mede a inflação.
Considerando a última projeção do medidor, 2021 pode ser encerrado com a inflação em 10,04%. Essa seria a maior desde 2016, impulsionando que o salário mínimo também tenha a maior correção no mesmo período, passando de 1.100 para R$ 1.210,44 no próximo ano.
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Há cinco anos atrás, o piso nacional foi reajustado por um índice igual a 11,6%, passando do salário de R$ 788, para R$ 880 na época. De acordo com a equipe econômica do país, a cada um real acrescido na remuneração, mais R$ 315 milhões são gastos dos cofres públicos.
Segundo o Governo Federal, esse aumento pode ser preocupante para os programas e órgãos que concedem benefícios com valor baseado no salário mínimo, como o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), seguro desemprego e o abono salarial PIS/Pasep, por exemplo.
Impactos
No que ser refere ao INSS, os beneficiários que recebem o abono básico poderão ter acesso a 1.210,44 a partir de janeiro de 2022. Isso porque, a autarquia não pode conceder um benefício com valor inferior.
O seguro desemprego por sua vez, é concedido ao trabalhador demitido sem justa causa entre três a cinco parcelas. Como o INSS, o seu valor mínimo é equivalente ao piso nacional em vigência, sendo cerca de 1.210 previsto para o ano que vem.
Por fim, o abono salarial PIS/Pasep disponibiliza no máximo uma parcela igual ao salário mínimo. O cálculo do valor é realizado de forma proporcional ao período trabalhado pelo titular. Sendo assim, quem trabalhou os 12 meses no ano-base, terá direito a um benefício com valor igual ao piso nacional.
Motivos para a alta da inflação
De acordo com especialistas, o aumento no preço dos combustíveis bem como da energia elétrica e de produtos alimentícios, estão entre as categorias que mais foram impactadas com a elevação constante da inflação.
Além disso, é necessário ressaltar a disparada do dólar, que reflete diretamente nos aumentos desses elementos. Acontece que a moeda passou dos 29,33% em 2020 e até o momento acumula uma alta de 7%, chegando a mais de R$ 5,60.
Todavia, o maior problema com a elevação da inflação é o impacto causado na população mais carente, pois, embora esteja em situação de vulnerabilidade os valores não são reduzidos dependentemente das condições financeiras. Neste caso, se faz necessário a implementação de políticas públicas voltadas para o apoio dessas famílias.