O retorno das aulas no estado do Rio de Janeiro não poderá ocorrer de acordo com decisão da 23ª Vara da Justiça do Trabalho. Nesta quinta-feira (10), houve a proibição da retomada enquanto não houver uma vacina contra Covid-19.
De acordo com a determinação, as escolas só devem reabrir “até que se demonstre, de forma concreta, por meio de estudo técnico ou de outro modo, que não há risco aos alunos, professores e à sociedade.”
A justiça deliberou a partir da ação movida pelo Sindicato dos Professores do Município do Rio e Região (Sinpro-Rio).
A saber, o governo do estado do RJ tinha permitido que as escolas reabrissem as portas para aulas presenciais a partir da próxima segunda (14). Entretanto, a nova orientação consiste nas prefeituras decidirem as datas para cada município.
Dia 5 de outubro seria a data para a reabertura das escolas para aqueles que não possuem acesso à internet ou computadores. Para prevenir contaminação nesse momento, o governo lançou uma cartilha com protocolos de segurança.
Já no que se refere à capital, não há definição sobre aulas presenciais. Do mesmo modo há um documento de orientação sanitária para quando o retorno ocorrer.
Cientistas desaconselham retorno das aulas no RJ
Conforme o Notícias Concursos informou, cientistas da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) se posicionaram contra a volta às aulas no Rio de Janeiro.
De acordo com nota lançada na última quinta-feira (10), os especialistas não aconselham que ocorram atividades presenciais nas instituições de ensino. Em nota, os cientistas da UFRJ apontam os motivos para discordarem da reabertura das escolas na capital do RJ.
Avaliam, por exemplo, o aumento do número de casos de Covid-19 logo após a flexibilização do isolamento. Além disso, apontam que, mesmo sem os sintomas, crianças e jovens podem transmitir Covid-19 normalmente, inclusive para grupos de risco. Desse modo, o retorno poria em risco o avanço contra a pandemia.
Para os estudiosos, voltar com as aulas significa ‘um grande risco à saúde pública’, pois aumenta a vulnerabilidade da população.
Nesse sentido, o Grupo Técnico citou um estudo da Universidade de Harvard que comprova que a carga viral de pessoas de zero a 22 anos de idade é maior que a de adultos diagnosticados e internados em UTIs com coronavírus.