Renovar auxílio emergencial é pior opção fiscal para 2021, diz banco
De acordo com o banco Barclays, há mais formas possíveis para resolver o impasse fiscal do Brasil em 2021 do que estouro ou não do teto de gastos. O banco avalia que o tema tem diferentes implicações na credibilidade das contas públicas do Brasil.
Roberto Secemski, economista-chefe para o Brasil do banco britânico, as opções não são “tão binárias quanto parecem”. O economista-chefe vê como variações o aumento dos gastos sociais, alta de despesas obrigatórias indexadas ao INPC e cortes necessários para respeitar o teto de gastos, por exemplo.
O governo busca formas de financiar o Renda Cidadã, novo programa social pensado pra substituir o Bolsa Família em 2021. O economista-chefe do banco vê quatro caminhos para conseguir criar esse programa de renda básica, que deve ser maior que o Bolsa Família, no Orçamento de 2021.
De acordo com o banco, a pior solução seria renovar o auxílio emergencial para os primeiros meses de 2021. O banco acredita que a alternativa é insuficiente e enfraquece a credibilidade da política fiscal do Brasil. Já a melhor solução, de acordo com o banco, seria cumprir o teto de gastos sem “brechas”.
Ou seja, com o governo federal e o Congresso optando por não criar um novo programa, e sim apenas ampliar o Bolsa Família em R$ 5 bilhões. Atualmente, O Bolsa Família representa gasto anual de R$ 32,6 bilhões para o governo. Recentemente, secretário do governo afirmou que não há intenção de prorrogar o programa para além de dezembro de 2020.