Renda média do brasileiro fica abaixo de R$ 1 mil pela primeira vez

A renda média do brasileiro é a menor desde o início da série histórica de pesquisas. Pelo menos é isso o que aponta um estudo da Fundação Getúlio Vargas (FGV). Esses levantamentos começaram ainda no último ano de 2012. Pelo menos é isso o que diz a Fundação.

De acordo com os dados, a renda média per capita do brasileiro era de R$ 1122 no primeiro trimestre de 2020. Esse foi o ponto mais alto desde o início da série histórica. Vale lembrar que estamos nos referindo aqui ao exato período que antecedeu a pandemia do novo coronavírus.

E foi justamente a Covid-19 que foi responsável por essa queda. No primeiro trimestre de 2021, com a pandemia fazendo parte da rotina dos brasileiros, essa renda média per capita foi de R$ 995. Pela primeira vez na história o índice fica abaixo de R$ 1 mil.

Vale lembrar também que esse valor é menos do que um salário mínimo. De acordo com o Governo Federal, o mínimo de salário que uma empresa pode pagar atualmente é R$ 1100. Então dá para dizer que a renda média do brasileiro está mais baixa do que isso.

Além de todos esses dados, a FGV também aponta que a situação está difícil quando o assunto é desigualdade social. É que o Brasil chegou no seu pior nível desde que eles começaram a realizar essas pesquisas. Isso significa dizer portanto que a diferença entre ricos e pobres está aumentando dia após dia no país.

Renda no Brasil

Os números acabam mostrando uma realidade do Brasil. Há uma grande parte da população ganhando menos do que realmente precisa. De acordo com uma projeção do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE) um salário ideal para sustentar uma família de quatro pessoas no país hoje deveria ser de mais de R$ 5 mil.

O DIEESE considera uma série de fatores para chegar neste número. Um desses pontos é o aumento do custo de vida no país. Nesta segunda-feira (14), por exemplo, a Petrobras começou um reajuste no preço do botijão de gás. Em alguns locais, esse item está custando mais de R$ 100.

Isso sem falar nos valores das cestas básicas pelo país. Cidades como Porto Alegre e São Paulo, por exemplo, costumam custar mais do que R$ 600. Ainda falta colocar nesta conta os gastos com higiene pessoal e produtos de limpeza. São compras que se tornam ainda mais importantes em uma pandemia de um vírus contagioso.

Auxílio Emergencial

Toda essa situação acaba virando argumento para que vários grupos passem a pedir por um aumento nos valores do atual Auxílio Emergencial. De acordo com informações do Ministério da Cidadania, o projeto hoje está pagando montantes que variam entre R$ 150 e R$ 375.

Isso é menos do que o Governo pagava no ano passado. O Ministério da Economia argumenta que não pode aumentar esses valores por uma questão de respeito com as contas públicas. De acordo com a PEC Emergencial, o Planalto só pode gastar até R$ 44 bilhões com esses repasses.

Apesar de dizer que não vai aumentar o Auxílio, o Governo Federal segue afirmando que deve prorrogar o benefício por mais alguns meses. O Ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que essa prorrogação deverá ser de dois ou três meses a depender do andamento da pandemia no país.

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