Relatório Focus: expectativa de inflação cai, PIB sobe para 2022 e 2023 - Notícias Concursos

Relatório Focus: expectativa de inflação cai, PIB sobe para 2022 e 2023

Taxa básica de juros Selic continua alta

O Relatório Focus é uma publicação online semanal, divulgada pelo Banco Central do Brasil todas as segundas-feiras, que contém um resumo das perspectivas mercadológicas relacionadas à economia nacional. Aliás, esta semana houve uma redução das estimativas inflacionárias para o ano. 

Esta é a décima vez seguida que o mercado sinaliza uma conjuntura negativa relacionada à inflação do país. Ademais, é esperado que o índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fique nos 6,61% em 2022, acima do teto estipulado pelo Banco Central (BC). Para 2023 o relatório apontou uma média inflacionária de 5,27%.

Em relação ao Produto Interno Bruto Nacional (PIB), que é a representação da soma de todos os produtos e serviços produzidos no país, o mercado previu uma alta de 2,26% frente aos 2,10% da semana passada. Todavia, em relação a 2023, há uma expectativa de que a atividade econômica cresça 0,47%.

O relatório Focus desta semana também apontou uma estimativa relacionada à taxa básica de juros da economia (Selic). Para 2022 ela deve ficar em 13,75%. Analogamente, o governo vem utilizando os juros em uma tentativa de frear a inflação para o ano, que está acima do teto do BC de 5%. Por essa razão, ela está mais alta que o normal.

Mercado aponta uma inflação menor

Para 2022, o Focus estimou uma redução da inflação por 10 semanas seguidas. Na última semana ela passou de 6,70% para 6,61%. Em síntese, o recuo do índice esteve relacionado a tentativas do governo de frear a alta dos preços através da diminuição do Imposto sobre Circulação de Mercadoria e Serviços (ICMS) sobre os combustíveis e a energia elétrica.

De acordo com os dados do Banco Central, 2022 será o terceiro ano seguido onde a meta estipulada para a inflação ficou acima do teto. Em 2021 a inflação bateu a casa dos 5%. Para o ano de 2023, estima-se que ela gire em torno dos 3,25%. Desse modo, em relação a 2024, o mercado considera uma variação de 3,43%.

Segundo o Comitê de Política Monetária (Copom) de agosto, o Banco Central alterou as suas projeções inflacionárias, para 6,8% em 2022, 4,6% em 2023 e de 2,7% em 2024. A taxa Selic aumentou em 0,50 pontos percentuais alcançando os 13,75% ao ano.

Para o mês de setembro, o mercado apontou uma variação do IPCA de 0,33% na semana passada, para 0,28%. Há um mês atrás o índice estava em 0,50%. Para outubro, a estimativa está em 0,53%. Semana passada estava em 0,52%. No acumulado de 12 meses, espera-se uma variação de 5,62%.

Produto Interno Bruto

O mercado ficou surpreso com a alta de 1,2% no PIB do segundo trimestre do ano. Segundo as projeções do relatório Focus há uma estimativa positiva acerca da atividade econômica do país. Em uma semana, a estimativa para o crescimento anual passou de 2,10% para 2,26%. Para o ano de 2023, passou de 0,37% para 4,7%.

Os economistas que participaram do relatório diminuíram as suas expectativas para a balança comercial deste ano, de US$68,06 bilhões para US$68,03. Analogamente, o Focus funciona como uma antecipação do índice de crescimento econômico medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Taxa Selic – Relatório Focus

No relatório Focus, a taxa dos juros básicos continuou em 13,75%, assim como nas últimas dez semanas. Em suma, o mercado financeiro espera que esse seja o percentual para o ano, visto que o Comitê de Política Monetária não deve alterar ainda mais os juros básicos no final de 2022.

Entretanto, segundo o presidente do BC, Roberto Campos Neto, o governo ficará atento e caso for necessário, aumentará os juros em mais 0,25%. Ele afirmou que não é a hora de “baixar a guarda”, visto que a inflação ainda está bastante alta. Para o ano que vem, espera-se que a taxa Selic fique em torno dos 11,25%.

Para 2024 o relatório Focus desta semana estimou uma Selic em 8.00%, o mesmo valor da semana passada. Em conclusão, o mercado financeiro nacional também avaliou a taxa de juros  para o ano de 2025, com uma estimativa de 7,50%.

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