Reforma Tributária deve ser votada no Senado nesta semana

Reforma Tributária deve ser votada no Senado nesta semana

Senado Federal deve votar Reforma Tributária nesta semana. Entenda os impactos do texto na vida dos brasileiros

O presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), disse que pretende pautar a votação da Reforma Tributária no plenário da casa nesta semana, mais precisamente na próxima quarta-feira (8). Ao menos este é o cronograma apresentado, caso o texto seja aprovado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), na terça-feira (7).

Pacheco deu esta declaração durante um evento organizado pela BTG Pactual nesta segunda-feira (6). Segundo ele, as próximas horas contarão com “intensas negociações políticas” no texto. A ideia é que o documento chegue à CCJ já com todos os pontos previamente negociados.

“Hoje será um dia longo de negociações políticas. De fato, é uma reforma importante e complexa, mais de 700 emendas. É muito importante que ela chegue à Comissão de Constituição e Justiça amanhã com o texto mais proximamente negociado possível”, afirmou Pacheco.

Cronograma da Reforma Tributária

O presidente do Senado também disse que não houve setores ou entes que não foram atendidos pelos senadores nos últimos dias.

“O cronograma estabelecido é a apreciação na CCJ amanhã [terça-feira] pela manhã, sob a presidência do presidente Davi Alcolumbre (União-AP) e relatoria do senador Eduardo Braga (MDB-AM). Apreciado na CCJ e pronto na CCJ, encaminharemos ao plenário”, disse Pacheco.

“A pauta prevista para o plenário é na próxima quarta-feira, sem prejuízo de reservarmos quinta-feira caso seja necessário”, disse o senador.

Pacheco também disse que está preocupado com a alíquota final que será definida na Reforma Tributária. “Há uma preocupação do Senado Federal de se ter uma limitação de crescimento da alíquota. Se a alíquota será 27%, 28%, 27,5%, 26%, isso é uma definição que será feita na sequência, através dos desdobramentos próprios das leis complementares que a emenda constitucional exige”, minimizou.

Reforma Tributária deve ser votada no Senado nesta semana
Pacheco sinaliza aprovação da Reforma nesta semana. Imagem: Fábio Rodrigues/ Agência Brasil

“Nota 7”

Em declaração nesta segunda-feira (6), o Ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT) também voltou a falar sobre o texto final da Reforma Tributária. De acordo com ele, a Reforma seria uma nota 7 ou 7,5, mas ele considera que atualmente o sistema tributário do Brasil seria uma nota 2.

“O sistema garante previsibilidade”, disse. “Hoje, estamos numa guerra, em que cada um faz o que pode”, disse Fernando Haddad.

Na última semana, o Ministro disse que a Reforma Tributária poderá ter um imposto geral de 27,5% no final da sua tramitação. Caso o número se confirme, estaremos falando de uma das maiores cargas tributárias do mundo. No primeiro semestre, a indicação do Ministério era de que o IVA seria fechado em 25%.

O que mudou de lá até aqui? Segundo Fernando Haddad, o problema está no número de exceções. O Ministro da Fazenda acredita que os benefícios fiscais que foram impostos no texto da Reforma Tributária para algumas categorias específicas, acabaram fazendo com que o IVA fosse elevado para todos os brasileiros.

“A posição da Fazenda é sempre restritiva às exceções [benefícios a setores da economia]. Isso é público, mas tanto Aguinaldo Ribeiro [relator na Câmara] quanto o Braga [relator no Senado] têm o compromisso de aprovar a reforma”, disse o Ministro.

“Eles sabem das dificuldades, sabem dos grupos de interesse que se manifestam ali. Ali, você sabe que o jogo é bruto. As pessoas precisam resistir o tanto quanto possível, com bom senso, com argumento, para compor os votos necessários”, declarou Haddad a jornalistas.

Aprovação da Reforma Tributária

Na última semana, o relator da proposta, o senador Eduardo Braga (MDB-AM), disse que já tem os votos necessários para aprovar a Reforma Tributária.

Em caso de aprovação do documento no Senado, o texto deve voltar para a Câmara dos Deputados. Isso porque a lista passou por alterações. A expectativa do Ministério da Fazenda é aprovar todo o documento até o final deste ano de 2023.

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