Reforma Gregoriana: a afirmação da Igreja Católica

A Reforma Gregoriana: um resumo

A Reforma Gregoriana foi um dos acontecimentos mais importantes de todo o século XI. Isso porque, ela procurou reafirmar a autoridade da Igreja perante a ameaça de uma imposição do Estado.

Assim, a Reforma de Gregório VII aparece nas mais variadas questões de História de provas nacionais. Dessa maneira, é fundamental que você domine esse assunto para garantir um bom desempenho em qualquer prova que você vá fazer.

A Reforma Gregoriana: Introdução

A Reforma Gregoriana, também conhecida como Revolução Papal ou Revolta Papal, foi uma série de medidas iniciadas no século XI pela Igreja católica.

A Reforma tinha como principal objetivo resolver os conflitos e as tensões existentes entre o Estado (monarquias) e a instituição da Igreja. Ainda, os papas reformadores buscaram também a moralização do próprio clero a partir de uma série de medidas.

A Reforma Gregoriana recebe esse nome pois teve como principal impulsionador o papa Gregório VII. Porém, é importante ressaltar que a Reforma não se inicia com ele, mas sim com seu antecessor, o Papa Leão IX.

A Reforma Gregoriana: Antecedentes Históricos

A Reforma ocorre em um contexto de grande interferência do Estado na Igreja.

Um excelente exemplo dessa interferência é o Sacro Império Romano-Germânico (SIRG), que possuía uma enorme influência sobre as decisões da Igreja. Os imperadores poderiam exerciam autoridade sobre o clero com a nomeação de determinados indivíduos para ocupar cargos eclesiásticos. Dessa maneira, o SIRG poderia garantir o seu domínio também dentro de uma das mais importantes instituições do período. 

Ainda, o Império bizantino concentrava todo o poder da sua Igreja na figura do Imperador, através do chamado cesaropapismo, política pela qual o chefe da Igreja era também o chefe do Governo. Dessa forma, o poder da Igreja, nesse Império, acabava sendo limitado. 

Nesse contexto, para afirmar a força da Igreja Católica e a autonomia do clero, o papa Leão IX realiza um trabalho de formular uma série de dogmas que estabeleceriam a supremacia da Igreja, iniciando aquilo que ficaria conhecido como Reforma Gregoriana.

Porém, é com o seu sucessor, papa Gregório VII, que a Reforma vai ganhar força. Gregório redige, no ano de 1074, o Dictatus Papae, documento que estabelecia uma série de determinações que buscavam consolidar a força da Igreja.

Os membros do clero irão apoiar Gregório VII, principalmente os eclesiásticos da Abadia de Cluny, uma das mais influentes do século XI.

A Reforma Gregoriana: Características

Ao longo do processo da Reforma, a Igreja Católica tomou uma série de medidas. Entre elas, podemos destacar:

  • Confirmação da autoridade do papa para excomungar o imperador caso julgue necessário.
  • A exclusividade da Igreja para a nomeação de cargos eclesiásticos.
  • O combate à simonia (venda de cargos eclesiásticos).
  • Imposição do celibato, que até o presente momento não era praticado por todos os membros da Igreja.

A Reforma Gregoriana: Consequências

O conflito entre Igreja e Estado irá perdurar por muitos anos por meio da Reforma Gregoriana.

Os embates serão somente resolvidos depois da realização de quatro concílios na cidade de Latrão, na Itália. O primeiro deles ocorre em 1123, o segundo em 1139, o terceiro em 1179 e o último em 1215.

Por fim, o Estado consegue consolidar a sua força e, de certa forma, submeter a Igreja.

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