R$ 5 bilhões em jogo: entenda como será a volta da "raspadinha"

R$ 5 bilhões em jogo: entenda como será a volta da “raspadinha”

A Loteria Instantânea Exclusiva (Lotex), conhecida como “raspadinha”, poderá voltar em breve. As pessoas que sentem falta desse tipo de aposta poderão ter muito o que comemorar com o retorno da Lotex.

Na última quinta-feira (31), o Governo Federal publicou um decreto no Diário Oficial da União, promovendo mudanças na regulamentação da “raspadinha”. Em resumo, a Caixa Econômica Federal poderá retomar as apostas dessa modalidade, mas isso só ocorrerá após autorização do Ministério da Fazenda.

“Ainda não há uma data definida para o início, contudo, a perspectiva é de curto prazo”, informou a Caixa Econômica.

Governo pretende arrecadar R$ 5 bilhões com “raspadinha”

No final de abril, o secretário de reformas econômicas do Ministério da Fazenda, Marcos Barbosa Pinto, afirmou que o objetivo do governo era arrecadar aproximadamente R$ 3 bilhões.

“A gente quer retomar a Lotex, que ela volte a ser operada, pelo menos transitoriamente, pela Caixa e, com isso, voltar a arrecadar. A expectativa é arrecadar ao ano quase R$ 3 bilhões com a volta dessa loteria”, explicou o secretário, à época.

Contudo, o grupo de comunicação jornalística Poder360 informou em agosto que o objetivo do governo Lula consistia em arrecadar R$ 5 bilhões ao ano com a Raspadinha.

De todo modo, o ministro Marcos Barbosa afirmou, em abril. que a Raspadinha não estava sendo explorada como deveria, já que suas operações chegaram ao fim anos atrás. Portanto, o país estaria deixando de arrecadar recursos importantes com a loteria, e esses valores poderiam seguir para os cofres públicos e, posteriormente, transformarem-se em benefícios para a população do país.

Raspadinha saiu de operação há alguns anos, mas pode voltar ainda em 2023
Raspadinha saiu de operação há alguns anos, mas pode voltar ainda em 2023. Imagem: Divulgação.

Veja mais detalhes da Lotex

A Lotex foi criada em 1990 e oferecia bilhetes aos apostadores, que poderiam comprá-los em casas lotéricas. Em suma, a pessoa só precisava raspar um campo, ou um conjunto de campos, para saber se havia faturado algum prêmio em dinheiro. A Caixa Econômica operou a loteria instantânea até 2015.

Contudo, naquele ano, a “raspadinha” foi suspensa no Brasil, por determinação do Ministério da Fazenda. No mesmo ano, uma lei criou a Lotex, promovendo mudanças no tipo de aposta, durante o governo do ex-presidente Michel Temer, mas apenas em 2018 o governo regulamentou a lei, instituindo a loteria instantânea.

De acordo com as regras da nova “raspadinha”, as apostas podem ocorrer tanto no meio físico, quanto no virtual. Entretanto, o Ministério da Fazenda precisará aprovar as operações, e é justamente nesta fase em que se encontra atualmente a Lotex, após o decreto assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Governo tentou vender a Lotex, mas não conseguiu

Durante o governo Temer, houve a criação do Programa de Parceria e Investimentos (PPI), que tinha como principal objetivo privatizar empresas e serviços públicos. A propósito, o PPI utiliza o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para estruturar os leilões das empresas publicas.

No governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, o programa ficou ainda mais forte, incluindo outras estatais na lista de leilões. Contudo, o governo não conseguiu finalizar a venda da maior parte das empresas disponíveis.

No caso da Lotex, o governo Bolsonaro, através de uma resolução do PPI, reduziu a exigência de faturamento da modalidade de jogo, que caiu de R$ 1,2 bilhão para R$ 560 milhões em 12 meses. Em outras palavras, a exigência do governo foi reduzida para menos da metade do valor exigido anteriormente, facilitando o leilão da famosa “raspadinha”.

Além disso, o governo também ampliou para oito parcelas o pagamento do bônus de assinatura. Anteriormente, eram apenas quatro parcelas.

Com esses benefícios adicionais, o consórcio Estrela Instantânea, formado pela norte-americana IGT e pela inglesa SGI, venceu o leilão de concessão da Lotex, com um lance oferecido de R$ 96,969 milhões, apenas R$ 1 mil acima do mínimo exigido (R$ 96.968.123,51).

Houve muitas controvérsias sobre o leilão, com especialistas afirmando que a Lotex foi vendida “a preço de banana”, pois valeria bem mais que isso. Seja como for, a concessão não avançou, pois não houve acordo do consórcio vencedor com o governo federal e a Caixa Econômica Federal.

Volta da “raspadinha” no governo Lula

Caso haja autorização do Ministério da Fazenda, a Caixa Econômica poderá retomar as apostas com a “raspadinha”. Segundo o decreto publicado na última quinta-feira (31), a arrecadação obtida com a Lotex deverá ser destinada da seguinte maneira:

  • 0,4% para a seguridade social;
  • 0,9% para o Ministério do Esporte;
  • 0,9% para o Fundo Nacional de Cultura;
  • 1,5% para entidades esportivas que cederem direitos de uso de marcas para apostas;
  • 13% para o Fundo Nacional de Segurança Pública;
  • 18,3% para despesas de custo e manutenção;
  • 65% para o pagamento de prêmios e recolhimento de imposto de renda.

Por fim, os apostadores saudosistas estão torcendo para uma resposta positiva do Ministério da Fazenda. A volta da “raspadinha” pode acontecer nas próximas semanas, então, fique ligado no Notícias Concursos para não perder nenhuma novidade.

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