Questão comentada sobre morfologia verbal

Um dos tópicos da Língua Portuguesa que gera muitas dúvidas em provas de concursos é o de morfologia verbal. A morfologia dessa classe de palavras é extremamente rica em detalhes, por isso, dominar todos os assuntos relacionados ao verbo e a sua estrutura é crucial para garantir bons resultados em concursos.

Algumas bancas como a da Fundação Getúlio Vargas (FGV), por exemplo, constroem questões muito diretas sobre a gramática da língua, inclusive sobre a morfologia verbal. Confira abaixo uma questão comentada sobre uma das formas nominais do verbo.

Questão – FGV (2020)

A frase em que o emprego do gerúndio mostra adequação é:

(A) Entrou na sala, sentando-se na primeira fila;

(B) Nasceu em Curitiba, sendo filho de imigrantes;

(C) Repreendeu a torcida, condenando as ofensas;

(D) Desceu as escadas, chegando rapidamente ao térreo;

(E) Saiu da festa, pegando um táxi na porta.

Reposta e comentário

O uso do gerúndio nem sempre é feito pelo falante da maneira correta, ou seja, em conformidade com a norma padrão do português. Por isso, em uma primeira leitura das frases acima pode ser difícil para o estudante distinguir em qual frase a forma nominal está adequada.

Em primeiro lugar, é preciso atentar ao que diz o enunciado, pois há apenas uma frase em que o emprego do gerúndio mostra adequação. Em seguida, é preciso retomar as funções do gerúndio, que pode ser definido como a forma nominal do verbo que expressa o processo de uma ação. Nesse sentido, o gerúndio indica continuidade, ou seja, uma ação inacabada ou com sentido de simultaneidade.

Nas frases acima a simultaneidade só está presente nas ações da alternativa C, pois ao condenar as ofensas da torcida, o sujeito da oração a repreende. Desse modo, a resposta correta é a letra C. Nas demais frases, não há simultaneidade ou ideia de uma ação de inacabada. Na letra A, por exemplo, primeiro o sujeito entra na sala e só depois se senta. Essa mesma lógica se aplica ao contexto da frase em E. Na letra B o gerúndio é inadequado pois ser filho de alguém não é um estado e não uma ação inacabada. Por fim, na alternativa D, há uma relação de consequência.

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