Se depender do PSOL, o Auxílio Emergencial deve ser prorrogado por mais alguns meses. Em postagem nas redes sociais nesta quinta-feira (4), o Presidente do partido, Juliano Medeiros, disse que o objetivo da sigla segue sendo a manutenção do benefício por mais algum tempo, pelo menos até o final da pandemia.
De acordo com Juliano, a oposição precisaria se unir em torno desse tema. Hoje, de acordo com o Ministério da Cidadania, o Auxílio Emergencial paga parcelas que variam entre R$ 150 e R$ 375. Muito ou pouco, o fato é que o projeto chegou oficialmente ao fim ainda no último domingo (31).
Durante esta semana, a Caixa Econômica Federal está fazendo apenas a liberação dos saques dos pagamentos que foram feitos há algumas semanas. Não tratam-se portanto de novas liberações. Para o Presidente do PSOL, o Governo Federal precisa manter esse benefício pelo menos até o fim da pandemia.
Mas não é só isso. Medeiros disse também que o Palácio do Planalto precisa criar um projeto de renda básica para o país. Ao mesmo tempo, ele disse que não se poderia fazer isso com aprovando a PEC dos Precatórios. Ele argumentou que vai ser preciso conseguir dinheiro de outro lugar.
“O Psol votou unido contra a PEC do calote e do auxílio eleição de Bolsonaro. Queremos uma renda básica universal e a manutenção do auxílio emergencial de R$ 600, cortado por Bolsonaro em janeiro, até que sejam superados os efeitos da pandemia. Aqui não tem vacilação”, disse ele.
Financiamento além da prorrogação
Nessa postagem em questão, o Presidente do PSOL não explicou qual seria a fonte de financiamento dessa renda básica que ele está propondo. De qualquer forma, ele disse que essa seria a melhor maneira de atender as pessoas agora.
A discussão sobre o financiamento parece ser importante principalmente depois que o Presidente Jair Bolsonaro vetou um projeto que permitia a entrega de absorventes gratuitos em escolas. O chefe do executivo argumentou que não tinha como pagar por aquilo.
Partidos de esquerda dizem que o Auxílio Emergencial precisa ser mantido em R$ 600 desde o ano passado, quando o Governo diminuiu o valor dos repasses. No entanto, eles não conseguiram fazer o Planalto mudar de ideia desde então.
PEC dos Precatórios
Na madrugada desta quinta-feira (4), o Governo conseguiu uma vitória no Congresso Nacional. Eles aprovaram a PEC dos Precatórios por uma margem de 4 votos acima daquilo que eles estavam precisando para o momento.
PT e NOVO foram os únicos dois partidos que votaram completamente contra a PEC. O PSOL não teve todos os votos porque quatro deputados se ausentaram ou estavam de licença. De qualquer forma, a falta conta como voto negativo.
A ideia do Governo Federal é usar essa PEC dos Precatórios para conseguir espaço dentro do teto de gastos e pagar o Bolsa Família turbinado a partir de dezembro. Ainda não se sabe, no entanto, se eles irão conseguir fazer isso.