Protestos por aumento do Auxílio perderam força, avaliam organizadores
De acordo com organizadores dos protestos por aumento do Auxílio, menos pessoas participaram das manifestações do final de semana
Neste último final de semana milhares de pessoas foram às ruas para protestar contra o Governo do Presidente Jair Bolsonaro. Entre as pautas dos manifestantes estava a questão do aumento do valor do Auxílio Emergencial. No entanto, de acordo com os próprios organizadores, os protestos perderam força.
Pelo menos é isso o que eles dizem quando consideram a quantidade de pessoas que participaram das manifestações. De acordo com esses organizadores, os protestos tiveram menos adesão do que nas três primeiras movimentações que aconteceram em anos anteriores em várias cidades do país.
Isso é uma boa notícia para o Governo do Presidente Jair Bolsonaro. É que de acordo com informações de bastidores, o Planalto temia que esses movimentações pelo aumento nos valores do Auxílio acabassem crescendo muito. No entanto, o poder executivo apenas monitorava a situação. Em nenhum momento eles consideraram que os protestos eram grandes o suficiente para pressionar o governo.
De acordo com organizadores das manifestações, a queda de adesão se dá principalmente por causa da paralisação da CPI que investiga o Governo Federal no Senado. Vale lembrar que o Congresso Nacional está oficialmente em recesso. Por isso, eles apostam que quando a investigação voltar, a adesão das movimentações populares pode crescer novamente.
Além do aumento nos valores do Auxílio Emergencial, os manifestantes também estão levantando uma série de outras bandeiras. Eles pedem, por exemplo, o impeachment do Presidente Jair Bolsonaro. Isso porque eles reprovam a atuação do Governo durante esta pandemia do novo coronavírus no Brasil.
Protestos
Se por um lado, os organizadores consideram que menos gente participou das movimentações, por outro eles acreditam que o protesto ganhou capilaridade. Eles afirmam que as movimentações aconteceram em mais cidades no último sábado (24).
Em entrevista para o jornal EXTRA, o representante da Frente Povo Sem Medo, Josué Rocha, disse que esse pode ser visto com um ponto positivo das manifestações deste último final de semana que aconteceram pelo Brasil.
“A manifestação foi muito positiva na medida em que ampliou a capilaridade pelo país”, disse ele, destacando também que menos pessoas participaram do evento porque “menos fatos novos foram revelados durante as últimas semanas”.
Auxílio Emergencial
De acordo com informações do Ministério da Cidadania, os valores atuais do Auxílio Emergencial variam entre R$ 150 e R$ 375 a depender da pessoa que está recebendo o montante. O programa tem cerca de 37 milhões de beneficiários.
Recentemente, o Governo Federal anunciou oficialmente a prorrogação do benefício por mais três meses. Com isso, os pagamentos que aconteceriam até este mês de julho, devem seguir, pelo menos, até o próximo mês de outubro.
De acordo com o Ministro da Economia, Paulo Guedes, esse prazo pode crescer. Tudo vai depender, no entanto, do avanço da pandemia do novo coronavírus no país pelos próximos meses. Por isso, o Governo está de olho nestes números do Ministério da Saúde.
Caso os números da pandemia não mostrem um recuo nos próximos meses, é possível que o Auxílio acabe ganhando mais algum tempo de duração. O Governo, no entanto, não quer que isso aconteça. De acordo com Paulo Guedes a ordem no poder executivo é apostar na vacinação em massa.