Prorrogação do Auxílio deve custar R$ 18 bilhões aos cofres públicos
O Governo Federal vai ter que desembolsar cerca de R$ 18 bilhões para pagar a prorrogação do Auxílio Emergencial. Pelo menos é isso o que dizem fontes de dentro do próprio Palácio do Planalto. Esse seria o montante suficiente para pagar mais dois meses de programa.
Com isso, o Governo passaria a ter o poder de fazer mais dois repasses. Assim, o projeto não chegaria ao fim mais no próximo mês de julho e sim no próximo mês de setembro. Os R$ 18 bilhões podem parecer muito dinheiro em uma primeira vista, mas é o que o Ministério da Economia estava querendo.
Informações de bastidores dão conta de que membros do Ministério até estavam dispostos a pagar uma prorrogação do Auxílio. Eles só não queriam liberar mais R$ 44 bilhões para fazer esses repasses. Esse seria o valor do programa se a extensão durasse até o próximo mês de novembro.
Então caso essa prorrogação de dois meses se confirme, vai ser uma espécie de vitória da equipe de Paulo Guedes. Isso porque eles irão conseguir a prorrogação, mas por um tempo reduzido. Assim, o Governo Federal não vai precisar gastar tanto quanto imaginava que gastaria.
Hoje, o Palácio do Planalto tem exatamente R$ 44 bilhões para fazer os repasses dos quatro meses de pagamentos do Auxílio Emergencial. Essas liberações começaram no último mês de abril. Neste momento, eles estão se preparando para começar a pagar a terceira parcela para cerca de 39 milhões de brasileiros.
Vitória de Pacheco
Essa informação de que o Governo Federal vai prorrogar o Auxílio Emergencial por mais dois meses ainda não é oficial. No entanto, caso ela se confirme seria uma vitória para o Presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG). É que há alguns dias, ele disse que esse seria justamente o cenário ideal.
Pacheco disse em entrevista, aliás, que iria começar as negociações com os seus senadores para poder aprovar essa prorrogação por mais um ou dois meses. Assim, dá para dizer que ele cravou o tamanho da extensão em questão. Pelo menos se a informação se confirmar.
Quem deve perder é o Presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). É que ainda na segunda-feira (7), ele disse que era contra uma prorrogação do benefício emergencial. De acordo com ele, o melhor mesmo seria investir pesado da produção do novo Bolsa Família, no próximo mês de agosto.
Bolsonaro e o Auxílio Emergencial
Talvez essa informação de prorrogação do Auxílio também seja uma derrota para o Presidente Jair Bolsonaro. É que em entrevista recente, ele criticou duramente as pessoas que estavam pedindo por essa extensão do benefício. Ele chegou a dizer que esses brasileiros precisam pedir um empréstimo em um banco.
A grande questão é que existem pessoas pedindo pela prorrogação do Auxílio Emergencial dentro do próprio Governo de Bolsonaro. E aparentemente elas saíram vitoriosas com esses pedidos. Ao contrário do que queria o Presidente neste momento.
Com essa possível e provável prorrogação do Auxílio Emergencial, o novo Bolsa Família deve passar portanto por adiamento. A ideia agora é que o programa entre em cena a partir do próximo mês de agosto. O Planalto vai ter portanto um pouco mais de tempo para fechar os detalhes do novo benefício.