Economia

Proposta orçamentária de 2024: meta fiscal de déficit zero

Recentemente, o governo apresentou a proposta orçamentária para o ano de 2024, trazendo consigo uma série de mudanças significativas para o cenário econômico do país.

Proposta orçamentária de 2024: meta fiscal de déficit zero

Entre as novidades mais importantes, destaca-se o aumento projetado do salário mínimo, atingindo a marca de R$ 1.421, o que representa um incremento de 7,65% em relação ao valor atual de R$ 1.320. Além disso, o plano estabelece um orçamento robusto de 2,2 trilhões de reais, com uma ambiciosa meta de alcançar um superávit fiscal.

Salário mínimo em ascensão

Uma das informações mais aguardadas da proposta orçamentária de 2024 é o novo valor do salário mínimo. Para o próximo ano, o governo projeta um aumento significativo de 7,65%, elevando o salário mínimo para R$ 1.421.

Desse modo, esse aumento é resultado de uma fórmula que leva em consideração a variação anual do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) até novembro, acrescido do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2022, que atingiu 2,9%. Vale ressaltar que esse valor ainda é uma projeção e está sujeito a alterações.

Orçamento de 2024

O orçamento total previsto para 2024 é expressivo, alcançando a marca de R$ 5,5 trilhões. Esse valor inclui despesas relacionadas à dívida pública e um investimento substancial de R$ 151,3 bilhões destinado às empresas estatais.

Em resumo, tais números refletem a ambição do governo em impulsionar a economia e fortalecer as empresas controladas pelo Estado.

Surpresa nos números: superávit fiscal

Uma das surpresas da proposta orçamentária é a revelação de um pequeno superávit fiscal de R$ 2,8 bilhões nas contas do governo. Esse resultado é notável, especialmente considerando a meta fiscal estabelecida, que permite um déficit ou superávit de até R$ 29 bilhões como cumprimento. Essa conquista é um indicativo do rigor na gestão financeira do país.

Estratégias para alcançar a meta fiscal

O Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, enfatizou a abordagem conservadora adotada na projeção das receitas de impostos, proporcionando espaço para surpresas positivas ao longo do ano.

Ele também ressaltou a divulgação antecipada de iniciativas para aumentar a receita, programadas para serem anunciadas no ano seguinte. Desse modo, com a possibilidade de atingir um superávit fiscal e adotar várias medidas para aumentar a receita, o governo está confiante em alcançar a meta fiscal de 2024.

Em resumo, algumas dessas medidas incluem a votação da legislação relacionada ao Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) no Senado, que pode gerar uma receita adicional de R$ 97,8 bilhões.

Além disso, estão em pauta a tributação dos incentivos fiscais concedidos pelos estados, com um montante estimado em R$ 35,3 bilhões, e a tributação de fundos fechados, que pode render R$ 13,2 bilhões aos cofres públicos.

Fernando Haddad – Ministro da Fazenda. Imagem: Valter Campanato/ Agência Brasil

O caminho da proposta orçamentária

O projeto do orçamento de 2024 seguirá agora para a análise da Comissão Mista de Orçamento, que terá como relator o deputado Luiz Carlos Motta (PL-SP), antes de ser submetido à votação no Plenário do Congresso Nacional.

Dessa forma, a expectativa é de que o debate sobre essa proposta seja intenso, pois impactará diretamente a vida de milhões de brasileiros. Em resumo, a Proposta Orçamentária de 2024 traz consigo uma perspectiva otimista para a economia do país, com o aumento do salário mínimo e a busca por um superávit fiscal, evidenciando a importância da gestão financeira responsável em tempos desafiadores.

Contudo, resta agora acompanhar de perto o desenrolar desse processo no Congresso Nacional e as eventuais mudanças que poderão ocorrer antes da aprovação final do orçamento. Uma vez que as mudanças decorrentes deste processo impactam a economia nacional atual e as projeções para o ano que vem.

Portanto, é extremamente importante considerar todas as vertentes relacionadas a esse processo. Uma vez que essa proposta deve impactar os investimentos e o cenário econômico em longo prazo.