Na última segunda-feira (27), a Secretaria Especial de Produtividade e Competitividade do Ministério da Economia lançou duas modalidades do Programa Brasil Mais, que pretende melhorar a competitividade das empresas brasileiras. Com o projeto, as micro e pequenas empresas terão à disposição de ferramentas para se digitalizar e ajuda para desenvolver projetos de tecnologia 4.0.
Chamada “Transformação Digital”, a primeira modalidade do programa Brasil Mais consiste na adoção de ferramentas plug and play (com reconhecimento e instalação automática pelo computador) de baixo custo por um pequeno negócio.
Essa ferramenta funciona para resolver problemas previamente diagnosticados decorrentes da falta de digitalização. O processo terá acompanhamento técnico do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).
A segunda nova modalidade, Smart Factory, é destinada às indústrias de micro, pequeno e médio porte. O processo prevê a seleção de projetos de pesquisa, desenvolvimento e inovação pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai).
Deste modo, os projetos deverão seguir a tecnologia 4.0, que prevê a melhoria de processos industriais e o aumento de produtividade decorrente da modernização. Além do Senai, a modalidade terá o apoio do Ministério da Economia, da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
O Brasil Mais visa aumentar a produtividade das empresas mediante a adoção de melhorias de gestão e soluções digitais de rápida implementação, baixo custo e alto impacto. Além disso, o programa visa fomentar o desenvolvimento de novas tecnologias voltadas a esse público.
Após a sua criação em 2020, o Brasil Mais já atendeu mais de 90 mil empresas de vários segmentos em todo o país, com resultados expressivos. Os ganhos de produtividade foram de 24% a 42%, em média, considerando os atendimentos do Brasil Mais Produtividade realizados por Sebrae e SENAI.
O programa é coordenado pelo Ministério da Economia e realizado em parceria com a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI), o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Com esta nova ampliação, o Programa Brasil Mais passa a contar com três modalidades de atendimento. Até agora, o programa era estruturado no Brasil Mais Produtividade, que tem 90 mil empresas atendidas ou em atendimento desde que foi lançado, no primeiro semestre de 2020.
O Brasil Mais Produtividade é dividido em dois eixos: um com apoio do Sebrae e outro com apoio do Senai. O eixo do Sebrae prevê consultorias de inovação e de melhorias de práticas gerenciais, para aumentar o faturamento e reduzir custo de micro e pequenas empresas. O pequeno negócio não paga nada.
O eixo do Senai para o Programa Brasil Mais é voltado para a aplicação de princípios de manufatura enxuta a indústrias de até 499 funcionários. Os atendimentos são feitos pela entidade a um custo de R$ 2,4 mil para a empresa.