Professor caminha mais de 8 km por dia para entregar almoço para alunos - Notícias Concursos

Professor caminha mais de 8 km por dia para entregar almoço para alunos

Desde a pandemia, ele carrega enormes sacolas cheias de merenda escolar para alimentar 100 alunos todos os dias

Mais uma vez, a pandemia do novo coronavírus expõe a precariedade da educação e as desigualdades sociais nas quais muitas famílias vivem. A história do professor assistente Zane Powles, que ganhou destaque nas redes sociais do mundo todo e que vamos contar a seguir, pode servir como inspiração, mas, antes de tudo, deve ser uma alerta para a luta pelos direitos humanos básicos de todos os cidadãos, como educação e alimentação.

Zane Powles trabalha na escola Western Primary, na cidade de Grimsby, na Inglaterra. Desde a pandemia, ele carrega enormes sacolas cheias de merenda escolar para alimentar 100 alunos todos os dias. Ele caminha mais de 8 quilômetros por dia para entregar almoços gratuitos aos alunos que não têm o que comer depois do fechamento das escolas. São cerca de 18kg em suas costas.

Para ajudar na iniciativa, a diretora Kim Leach e mais um professor também passaram a oferecer 25 almoços grátis de carro para as famílias que moram mais longe. Zane Powles utiliza seu horário de almoço para fazer a caminhada. Ele coloca o almoço na porta, toca a campainha e depois espera na calçada ou no jardim até que as refeições estejam nas mãos certas.

De acordo com um levantamento, 34% das crianças da região de Grimsby vivem na pobreza e cerca de 41% são elegíveis para receber as refeições de forma gratuita.

Hoje, estas famílias estão conseguindo sobreviver graças a ajuda destes professores, que estão mostrando ao mundo inteiro o real significado de amor à profissão. Zane foi entrevistado pela rede BBC e pelo jornal britânico “The Independent”, que o apelidou de “herói da Covid-19”.

De acordo com ele, as famílias não ficam felizes apenas com a refeição, mas também pelo fato de ter alguém para conversar, mesmo que respeitando o distanciamento mínimo. “Os pais e as crianças chegam à janela ou à porta para acenar e dizer olá, alguns pais querem conversar um pouco – acho que sou o único contato adulto que eles conseguem conversar alguns dias”. Com informações do Hypeness. 

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