Depois de um período de 15 quedas consecutivas, o preço médio do litro da gasolina voltou a subir. Dados oficiais da Agência Nacional de Petróleo (ANP) mostram que a média nacional do valor ficou na casa dos R$ 4,68 na semana que foi entre os dias 9 e 15 de outubro. Os números foram oficialmente divulgados ainda na última segunda-feira (17).
O relatório geral aponta que o preço médio desta última semana é 1,4% maior do que o registrado na semana anterior. Além disso, o documento mostra que o aumento dos preços foi registrado em 15 estados e também no Distrito Federal. De um modo geral, é possível dizer que o preço médio subiu na maior parte do país.
A ANP também divulgou que o preço médio encontrado nos postos de combustível foi de R$ 7,35 na última semana. A Bahia foi o estado do país que registrou o maior aumento médio do preço. A elevação foi na casa de 10,3% em um intervalo de menos de uma semana. Em todo o Brasil, o combustível que mais registrou aumento foi o etanol.
O litro do etanol hidratado foi de R$ 3,40 para R$ 3,46. Estamos falando de um avanço de 1,76% na semana. Especificamente neste caso, o combustível registrou o seu segundo aumento consecutivo, interrompendo um ciclo de cinco meses de queda.
Por outro lado, o preço médio nacional do litro do diesel se manteve estável. Segundo a ANP, o combustível foi vendido a R$ 6,51 na última semana. Em comparação com a semana anterior, o aumento médio foi de R$ 0,01. Economistas indicam que este cenário indica uma espécie de estabilidade para os usuários.
A queda nos preços
Nos últimos meses, os brasileiros vinham sentindo uma queda nos preços dos combustíveis. Parte desta queda se deve a limitação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Os estados adotaram a prática.
Os governadores fizeram a limitação depois da sanção do projeto de lei que criou um teto para a incidência deste imposto não apenas para o combustível, mas também para outros itens como energia elétrica, comunicações e até mesmo o transporte coletivo.
O texto indica que estes são itens “essenciais” e “indispensáveis”. Desta forma, os estados não podem cobrar uma taxa superior à alíquota geral que deve variar sempre entre 17% e 18%, a depender da localidade.
Preço vai subir depois das eleições?
Mas até quando vai durar esta queda nos valores? Boa parte dos economistas acreditam que o governo não terá mais como segurar o preço dos combustíveis no mês de novembro. A avaliação é de que, independente do resultado da eleição, o custo aumentará dentro de mais algumas semanas.
Pela projeção da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), o preço da gasolina brasileira estaria defasado. O litro deveria subir em R$ 0,32, em média, nas refinarias brasileiras, para acompanhar a alta vista no exterior.
No caso do diesel, a defasagem pode ser ainda maior, na faixa dos R$ 0, 62. Diante deste cenário, a expectativa é de que os reajustes se tornem maiores no decorrer deste ano de 2022.