Os brasileiros continuaram pagando caro para adquirir gás de cozinha na semana passada. O levantamento semanal da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) revelou que o botijão de 13 quilos ficou 0,11% mais barato no país, o que representa apenas 12 centavos.
Na verdade, as pessoas nem devem ter percebido qualquer alteração dos valores na semana passada. De todo modo, o preço médio do gás de cozinha caiu de R$ 108,84 para R$ 108,72 no país, mantendo-se praticamente estável. Assim, continuou comprometendo uma boa parcela da renda mensal das famílias brasileiras.
Embora esse resultado não tenha sido muito positivo, os consumidores do país já começaram a aproveitar preços mais acessíveis do botijão de 13 quilos. Tudo graças à Petrobras, que promoveu uma redução histórica de 21,3% no preço do gás de cozinha comercializado às distribuidoras do país.
A companhia extinguiu a política de preço de paridade internacional (PPI) e anunciou uma nova política para definir os preços dos combustíveis no país. Essa decisão foi seguida de fortes reduções nos preços não só do gás de cozinha, mas também da gasolina e do óleo diesel.
A expectativa é que o botijão de 13 quilos passe a ser comercializado a menos de R$ 100 em boa parte do Brasil.
Gás de cozinha mais barato nas regiões brasileiras
Na semana passada, os preços do gás de cozinha caíram em quatro regiões brasileiras: Sudeste (-0,21%), Sul (-0,18%), Centro-Oeste (-0,17%) e Nordeste (-0,06%). Em contrapartida, o valor subiu 0,42% no Norte.
Com o acréscimo destas variações, o preço médio do botijão de gás de 13 quilos foi o seguinte nas regiões brasileiras:
- Norte: R$ 119,84;
- Centro-Oeste: R$ 113,61;
- Sul: R$ 111,16;
- Nordeste: R$ 107,88;
- Sudeste: R$ 105,54.
A ANP também revelou que o gás de cozinha ficou mais barato em 13 das 27 Unidades da Federação (UF) na semana passada. A queda mais expressiva ocorreu no Rio Grande do Norte, onde o preço do botijão caiu 2,20%, o que correspondeu a R$ 2,48, superando em mas de 20 vezes o recuo médio nacional.
Também tiveram quedas expressivas na semana: Mato Grosso do Sul (-1,32%), Mato Grosso (-1,09%) e Santa Catarina (-1,08%). Esses recuos corresponderam a R$ 1,50, R$ 1,36 e R$ 1,32, respectivamente. As demais reduções oscilaram entre dez e 63 centavos.
Em contrapartida, os preços subiram em outras 13 UFs, com o avanço mais intenso vindo do Acre (+2,64%), de R$ 3,16. As altas restantes variaram entre um e 94 centavos. Já no Rio de Janeiro, o valor do gás de cozinha se manteve estável em relação à semana anterior.
Preço do gás de cozinha pelo país
Ainda de acordo com a ANP, o Rio de Janeiro continuou com o gás de cozinha mais barato do Brasil, com um preço médio de R$ 97,06 na semana passada. Inclusive, o estado apresentou o menor valor em todas as semanas de 2023.
Com isso, o valor do botijão de 13 quilos na capital fluminense ficou 10,7% mais barato que a média nacional. Veja abaixo os locais com os menores preços do botijão de 13 quilos no país na semana passada:
- Rio de Janeiro: R$ 97,06;
- Pernambuco: R$ 99,69;
- Alagoas: R$ 101,15;
- Espírito Santo: R$ 101,39;
- Distrito Federal: R$ 103,37.
De modo diferente, o botijão mais caro do país foi o do Roraima (R$ 131,82). A título de comparação, os moradores do Mato Grosso sofreram em 2022, visto que o estado liderou o ranking nacional dos preços mais caros por 33 semanas. Em seguida, ficaram Rondônia (nove semanas), Roraima (três), Acre (três) e Tocantins (uma).
Esses dados evidenciam que, no ano passado, Roraima não teve muito destaque entre os maiores valores do país. Contudo, o estado nortista se manteve na primeira posição nacional em todas as semanas de 2023, com o maior preço do país.
Nesta atualização, o valor do botijão de 13 quilos superou em 21,2% a média nacional. Confira abaixo os estados que tiveram os preços mais elevados do gás de cozinha na semana passada:
- Roraima: R$ 131,82;
- Rondônia: R$ 126,25;
- Amazonas: R$ 125,03;
- Mato Grosso: R$ 123,56;
- Tocantins: R$ 123,03;
- Santa Catarina: R$ 121,24.
Quando o pagamento do Vale-Gás retorna?
Muitas famílias do Brasil utilizam diariamente o gás de cozinha em seus lares. No entanto, o valor elevado do item continua pressionando a renda de muitos cidadãos, principalmente dos mais pobres.
Essa realidade é vivida por milhões de brasileiros todos os meses. Por isso, o governo federal paga um benefício às famílias de renda mais baixa para que tenham condições de adquirir um botijão de 13 quilos com mais facilidade, sem comprometer a renda mensal. Esse benefício é chamado de Vale-Gás.
Na prática, o pagamento do benefício ocorre bimestralmente, ou seja, a cada dois meses. Como a última parcela foi paga em abril, os beneficiários só irão receber o Vale-Gás novamente em junho. Isso quer dizer que as famílias beneficiárias terão que esperar mais um pouco a volta do auxílio, que só ocorrerá no próximo mês.
Veja abaixo os requisitos para receber o Vale-Gás no país:
- Estar com a inscrição ativa no CadÚnico;
- Ter renda familiar mensal de até meio salário mínimo (R$ 651) por pessoa; ou
- Possuir algum membro residente do domicílio que receba o Benefício de Prestação Continuada (BPC) do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).