Preço da GASOLINA cai, mas não anima motoristas do país

Redução de três centavos no litro do combustível não atinge expectativas de motoristas, que torcem por um preço mais acessível

O preço médio nacional da gasolina caiu 0,55% na semana passada. Em valores reais, isso correspondeu a apenas três centavos, para tristeza dos motoristas, que esperavam uma redução bem mais expressiva nas bombas do país.

Isso porque, na última quarta-feira (17), a Petrobras reduziu em 12,6% o valor da gasolina vendida para as refinarias. A expectativa é que esse reajuste chegasse aos consumidores finais, mas não foi isso o que aconteceu na semana passada.

Em suma, os dados fazem parte do levantamento semanal realizado pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). De acordo com a pesquisa, o preço médio da gasolina caiu para R$ 5,46 na última semana no país.

Embora a queda tenha sido bem leve, a próxima atualização do levantamento deverá mostrar uma redução bem mais expressiva no país, refletindo, de fato, o reajuste promovido pela Petrobras.

Na verdade, muitos motoristas já comemoram a queda nos preços dos combustíveis em diversos locais do país nos últimos dias. Entretanto, a pesquisa da ANP da semana passada ainda não refletiu esse cenário.

A saber, a ANP analisa os preços dos combustíveis em milhares de postos do país. Assim, divulga semanalmente os valores médios não só da gasolina, mas também do etanol e do óleo diesel, revelando também os preços em cada unidade federativa (UF).

Preço da gasolina em 2023

Muitos motoristas vinham reclamando do preço salgado da gasolina em 2023. Na semana passada, com o segundo recuo consecutivo, o combustível fóssil passou a custar R$ 5,46, em média, no país.

A título de comparação, a gasolina custou R$ 4,96 na última semana de 2022, ou seja, o valor cresceu 10,1% no país de lá para cá, pesando mais no bolso dos motoristas.

Em resumo, essa forte elevação aconteceu por causa da retomada da cobrança do PIS/Cofins (impostos) sobre a gasolina e o etanol hidratado.

No ano passado, o ex-presidente Jair Bolsonaro promoveu isenções sobre os combustíveis em junho, com validade até 31 de dezembro. Assim, reduziu os valores dos combustíveis, que chegaram a bater recorde no país, com a gasolina e o diesel superando os R$ 7.

Em 2023, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva prorrogou essa desoneração através das seguintes ações:

  • Reduziu a zero as alíquotas dos impostos federais PIS/Pasep e Cofins que incidem sobre gasolina, álcool, querosene de aviação e gás natural veicular até 28 de fevereiro de 2023;
  • Zerou a Cide, que é um imposto federal, sobre a gasolina até o dia 28 de fevereiro de 2023;
  • Reduziu a zero as alíquotas dos impostos federais PIS/Pasep e Cofins que incidem sobre diesel, biodiesel, gás natural e gás de cozinha até 31 de dezembro de 2023.

Portanto, a gasolina e o etanol voltaram a ter impostos cobrados sobre seus preços no início de março, ficando mais caros no país. Por isso que os motoristas tiveram que gastar mais para abastecer o tanque dos seus veículos, pelo menos até a semana passada.

Com a redução realizada pela Petrobras, o valor da gasolina chegou a cair para menos de R$ 5 em vários estados do país. A próxima atualização do levantamento da ANP deverá mostrar esse novo cenário, que vem alegrando os motoristas do país.

Região Norte tem gasolina mais cara do país

Segundo a ANP, o preço médio da gasolina caiu no Brasil devido aos recuos registrados em quatro regiões brasileiras: Sul (-1,27%), Nordeste (-0,91%), Centro-Oeste (-0,73%) e Sudeste (-0,56%). A única exceção foi o Norte, onde o preço do combustível fóssil subiu 0,17%.

Com o acréscimo desses resultados, os valores médios da gasolina, registrados nas regiões brasileiras, foram os seguintes:

  • Norte: R$ 5,85;
  • Sul: R$ 5,46;
  • Centro-Oeste: R$ 5,46;
  • Nordeste: R$ 5,45;
  • Sudeste: R$ 5,36.

Na semana passada, o preço médio da gasolina caiu em 22 unidades federativas (UFs). Os recuos mais intensos foram registrados na Bahia (16 centavos), Paraná (dez centavos), Roraima (nove centavos), Sergipe (oito centavos) e Distrito Federal (sete centavos). As demais reduções variaram entre um e seis centavos.

Em contrapartida, o valor do combustível subiu apenas em cinco UFs: Acre (14 centavos), Ceará (cinco centavos), Amapá (três centavos) Alagoas (dois centavos) e Pará (um centavo). Isso mostra que as altas não foram expressivas, para alívio dos motoristas.

Com isso, os valores médios mais altos da gasolina foram registrados nos seguintes estados:

  • Amazonas: R$ 6,56;
  • Acre: R$ 6,39;
  • Rondônia: R$ 5,98;
  • Roraima: R$ 5,95;
  • Ceará: R$ 5,87;
  • Tocantins: R$ 5,77;
  • Piauí: R$ 5,73.

Por fim, os estados da região Norte tiveram os maiores preços do país. Em resumo, isso explica a posição da região no ranking nacional, figurando no primeiro lugar da lista.

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