Pré-modernismo: Contexto histórico, características e principais obras

O pré-modernismo diz respeito ao período literário de transição entre o simbolismo e o modernismo, que vai de 1902 a 1922. Desse modo, o período é marcado pelas produções artísticas criadas desde o início no século XX até a Semana de Arte Moderna de 22, que aconteceu em São Paulo.

Nesse sentido, as obras e pensamentos do pré-modernismo emergiram no contexto histórico marcado pela Proclamação da República, pelo surgimento das favelas e ainda pela Guerra de Canudos. No cenário da Europa, havia a forte competição entre as grandes potências que culminou na Primeira Guerra Mundial (1914-1918). O Brasil e o mundo estavam passando por um período de tensão e de muitas mudanças.

Assim, os olhares dos artistas brasileiros se voltaram para o cotidiano dos brasileiros, as mazelas enfrentadas pelo povo no dia a dia. Isso resultou em uma forte preocupação social na literatura e nas demais manifestações culturais e artísticas, como nas artes plásticas, por exemplo.

Características do pré-modernismo

Uma das características mais fortes da literatura do período pré-modernista foi o uso de uma linguagem simples e coloquial, que será a principal bandeira estética do modernismo1922. Apesar de terem elementos do realismo e do simbolismo, as obras se distinguiam pelo novo uso da linguagem, pois os autores preferiam usar a língua do povo, dando espaço a elementos da fala.

Assim, o pré-modernismo já traz uma ruptura com o academicismo. Ruptura essa que tem continuidade na 1ª fase do modernismo. A linguagem parnasiana cede espaço a outra que é mais simples, que expõe a realidade do Brasil por meio do jeito de falar brasileiro. Além disso, são características das obras do período o regionalismo e o nacionalismo, de modo que temas como fatos históricos, políticos, econômicos e sociais do Brasil ganham espaço.

Uma das obras mais importantes do período é o livro Os Sertões, publicado por Euclides da Cunha em 1902. A obra traz à tona o sertão nordestino e a Guerra de Canudos. Lima Barreto, Monteiro Lobato, Augusto dos Anjos e Graça Aranha são outros autores de destaque. As suas obras abordavam, por exemplo, as questões raciais, o perfil do sertanejo, do caipira e do mulato. Além disso, a maioria já fazia uso de uma linguagem mais coloquial.

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